O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 1,05% no segundo trimestre de 2019, em comparação com os três primeiros meses do ano. De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), é a maior taxa de crescimento em dois anos. E o dobro do resultado nacional, que teve alta 0,44% no mesmo trimestre.
Conforme o Ipardes, o desempenho paranaense decorreu principalmente pelos bons resultados no setor agropecuário e da indústria. Assim, esse setores tiveram crescimentos de 3,52% e 2,94%, respectivamente. A produção florestal, pecuária, fabricação de veículos automotores e indústria de máquinas e equipamentos (bens de capital) foram decisivos na retomada apontada no período.
De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Júnior o ritmo de crescimento do Estado já vinha sendo registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção industrial paranaense cresceu 7,2% no acumulado dos primeiros sete meses de 2019, melhor resultado desde 2010. Isso mostra que o Paraná está conseguindo reverter o caminho negativo da economia.
Conforme o pesquisador Júlio Suzuki Júnior, do Ipardes, a variação do trimestre representa um sinal mais sólido da retomada da economia paranaense.
“Até então, a economia do Estado vinha apresentando uma recuperação oscilante, com taxas trimestrais de crescimento às vezes positivas e às vezes negativas. Agora, com o mercado mais confiante e sem percalços climáticos, a economia paranaense apresenta condições melhores para um crescimento continuado”.
Assim, à exceção do setor terciário, todos os outros setores apresentaram resultados positivos no segundo trimestre, em relação ao primeiro. “Esperamos a continuidade dessa dinâmica de crescimento no terceiro trimestre, novamente com forte contribuição do setor industrial”.
PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Estado e serve para medir a evolução da economia. Em relação ao mesmo período do ano passado houve aumento de 0,45% no PIB paranaense.
Dessa forma, o resultado foi motivado por um crescimento de 2,71% na produção industrial no período. Os maiores registros de crescimento foram nos setores automotivo, máquinas e equipamentos e produtos químicos.
FUTURO
O crescimento gradual da economia paranaense deve ser incrementado nos próximos meses com iniciativas que propõe acesso facilitado a crédito, novos investimentos privados, melhores condições de infraestrutura e desburocratização. Entre janeiro e julho, a produção industrial aumentou 7,2%, à frente de 15 locais pesquisados pelo IBGE (10 tiveram variação negativa) e do índice nacional, que apresentou queda de -1,7%.
O Estado conseguiu atrair até agosto R$ 16,5 bilhões em investimentos privados e abriu 129.728 novas empresas. Os empreendimentos prospectados pelo Estado significam crescimento de mais de 500% em relação a tudo que entrou via Agência Paraná Desenvolvimento (APD) em 2018.
Esse valor foi puxado pelo investimento anunciado pela Klabin em Ortigueira, na casa de R$ 9,1 bilhões, maior anúncio de expansão da América Latina neste ano, e do Grupo Madero, em torno de R$ 600 milhões.
O Paraná fechou os sete primeiros meses do ano como o quarto Estado que mais contratou, com 40.537 novos empregos, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
PROGRAMAS
O governador Carlos Massa Ratinho Júnior ressalta de outras medidas adotadas para aquecer a economia. Entre elas o Programa Descomplica, idealizado para desburocratizar a abertura de empresas. Além de linhas de financiamento específicas para mulheres e cooperativas; a retirada de mais de 60 mil itens do regime de substituição tributária.
Tudo isso favorece a competitividade dos produtos locais; e o fortalecimento do sistema de defesa sanitária com intuito de conquistar o status de área livre de vacinação da febre aftosa, fundamental para a pecuária de corte e exportação.
De acordo com o governador, o Estado também busca a manutenção de uma rede de infraestrutura capaz de fazer frente ao crescimento econômico. Ele anunciou um pacote de investimentos em parcerias público-privadas e um banco de projetos executivos. Soma-se a isso, novas linhas aéreas e programas específicos com as três companhias (Gol, Azul e Latam), além de investimentos da Copel e Sanepar prioritários no Paraná, capazes de ampliar a rede estadual de infraestrutura.
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