22/08/2023
Esportes

BNDES garante financiamento para reformas na Arena da Baixada

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quarta-feira (4) ao governador Orlando Pessuti e ao prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, que a instituição aceita a proposta para financiar as obras de conclusão do Estádio Joaquim Américo para a Copa do Mundo de 2014.
Para isso, a construtora responsável pela obra deverá oferecer garantia para o financiamento. Em troca, receberá os créditos de potencial construtivo emitidos pela prefeitura de Curitiba. Em respeito a normas do Banco Central, o presidente do BNDES informou que a instituição não aceita o uso do potencial construtivo como garantia do empréstimo.
Segundo a Agência Estadual de Notícias (AEN), antes da reunião no BNDES, Pessuti e Ducci estiveram na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), também no Rio de Janeiro. Ali, ouviram do presidente da entidade, Ricardo Teixeira, a garantia de que Curitiba estará na Copa de 2014.
“Teixeira lembrou que, quanto antes tivermos o estádio concluído, melhor, pois antes do Mundial teremos amistosos da seleção brasileira e a disputa da Copa das Confederações, em 2013”, explicou Pessuti.
De acordo com a AEN, nos próximos dias, o governador e o prefeito irão convocar reunião com o presidente do Clube Atlético Paranaense, Marcos Malucelli, para discutir os detalhes do financiamento pelo Programa BNDES de Arenas para a Copa do Mundo de 2014 (ProCopa Arenas).
O secretário-executivo do Comitê para a Copa do Mundo, Wilson Portes, o secretário especial de Assuntos da Copa do Mundo, Algaci Túlio, e o diretor do BRDE, José Moraes Neto, também participaram dos encontro na CBF e no BNDES.

INFRA-ESTRUTURA — Na reunião com Ricardo Teixeira e o diretor de Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, Pessuti e Ducci apresentaram um balanço do que está sendo feito para preparar Curitiba para os jogos do Mundial. O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, terá uma nova pista para pousos e decolagens. Ela terá 3,4 mil metros de extensão, 65% maior que a pista principal atual do Afonso Pena.
Um grupo de trabalho já prepara a construção da terceira pista. “A obra ficará pronta até a Copa do Mundo”, disse na semana passada o secretário dos Transportes, Mario Stamm Junior. Segundo ele, a definição do valor das indenizações das áreas que precisam ser desapropriadas para a obra é a prioridade atual, para que se estabeleça um cronograma para o pré-projeto de engenharia e o licenciamento ambiental.
Segundo o superintendente da Infraero, Antonio Pallu, a área a ser desapropriada envolve aproximadamente 850 mil metros quadrados. A obra deverá custar R$ 320 milhões. Além disso, o terminal de passageiros do Afonso Pena deverá ser ampliado, com o investimento de mais R$ 42,1 milhões.
Além disso, o Governo do Paraná terá um grupo de trabalho exclusivo para gerenciar obras de infraestrutura viária na Região Metropolitana de Curitiba para a Copa do Mundo. A criação da unidade foi sugerida pelo secretário do Desenvolvimento Urbano, Wilson Bley Lispki, e aprovada pelo Conselho Revisor do Paraná.
O órgão colegiado será responsável pela licitação, assessoria jurídica, desapropriação de áreas, fiscalização e acompanhamento das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O grupo de trabalho, a ser instituído por decreto, será formado por técnicos de secretarias envolvidas no processo de planejamento e implantação das obras viárias do PAC da Mobilidade. O programa envolve áreas como Desenvolvimento Urbano, Transporte, Turismo, Segurança Pública, Meio Ambiente, Planejamento e de Assuntos para a Copa, além da Procuradoria Geral do Estado.

PAC DA MOBILIDADE – O Paraná terá aproximadamente R$ 440 milhões para adequação viária em Curitiba e região. Do total, R$ 229,5 milhões serão financiados pelo governo federal ao Estado, com recursos do PAC da Mobilidade, para construção de um corredor metropolitano, melhorias no acesso Avenida Marechal Floriano Peixoto – Aeroporto e Avenida das Torres – Aeroporto e implantação de vias de integração radiais metropolitanas e de um sistema integrado de monitoramento do trânsito. A outra parte dos recursos será financiada à prefeitura de Curitiba para melhorias nas vias da cidade.
O corredor metropolitano terá 60 metros de largura, com três pistas, uma delas exclusiva para o transporte coletivo, integrando os municípios de Colombo, Piraquara, Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande e Araucária. As vias de integração radiais vão interligar o corredor metropolitano às principais ruas e avenidas do centro de Curitiba.
As obras do PAC da Mobilidade devem estar concluídas até dezembro de 2012, conforme Matriz de Responsabilidade celebrada entre o Ministério do Esporte, o Governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba em janeiro de 2009. A exceção é o corredor metropolitano, que deve estar concluído em meados de 2013.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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