A cada trabalho que faz a atriz guarapuavana Laysa Machado mostra o seu talento. Mulher transexual, descendente de negro e índio, Laysa viveu parte da sua vida na periferia da Colônia Vitória, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava.
Trabalhou na Rádio Entre Rios foi embora, se tornou professora e a primeira diretora transexual de um colégio estadual. É atriz, escritora, produtora, roteirista e diretora.
Assim, essa é a história que ela conta num filme autobiográfico que ganha o país. Por conta desse trabalho ela é convidada a fazer palestras. E ela estará em Guarapuava, no próximo dia 19, às 19h30, no Centro Universitário Campo Real.
“Ser mulher onde querem homem, ser descendente de negros e indígenas onde querem Alemanha, ser viva onde querem morta”. É assim que descreve a sinopse do documentário, dirigido e protagonizado por ela mesma.
Filmado em super-8, a diretora Laysa Machado nos confronta com um manifesto sobre o cruzamento de fronteiras e sobre as existências que resistem a uma norma que amaldiçoa e estrangeiriza.
SUPERAÇÃO
Mas o talento e a coragem superam fronteiras, Laysa já produziu e protagonizou o curta-metragem ‘Morada Transitória’. É atriz, produtora e roteirista na websérie ‘Mulheres em Série’. Protagonizou o curta-metragem ‘A Primavera de Fernanda’, de Débora Zanatta e Estevan de La Fuente. Também foi atriz no longa-metragem ‘Hotel Delire’, de Cláudio Bittencourt e Diego Lopez, e na série ‘Contracapa’, de Guto Pasko e Andréia Kaláboa.
“Agora faço um ‘ponta’ no longa ‘Lamento’ “. O elenco traz Marco Ricca, Thayla Ayala, Veronica Rodrigues, Otávio Linhares, Ilva Niña. “É o único filme brasileiro selecionado para o Festival de Kansas nos Estados Unidos”.
De acordo com a atriz guarapuavana em outra participação, agora no filme Jesus Kids do diretor Ali Muritiba ela contracena com Paulo Miklos, dos Titãs. Conforme Laysa, no filme Eugênio (Sérgio Marone) é um escritor de livros de faroeste que está passando por uma crise.
O mais novo livro de seu personagem mais famoso, Jesus Kid, está sendo um fracasso de vendas. Porém, quando ele é contratado para escrever o roteiro de um filme, ele parece ter encontrado sua salvação. “Eu faço a atendente de uma lanchonete e é o meu primeiro filme cisgênero”.
Assim, em meio a toda essa agenda que ainda divide sendo professora, Laysa se prepara para o casamento com um empresário de Santa Catarina. Será no próximo sábado (9), em Joinvile (SC).
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