O futuro do ex-deputado Fernando Carli Filho (foto) está em jogo no início da tarde desta terça-feira (10) quando deverá comparecer à 2° Vara do Tribunal do Júri em Curitiba para prestar depoimento, pela primeira vez, diante do juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar. A expectativa da acusação é de que após o interrogatório de hoje o juiz decida que o ex-deputado seja levado a júri popular. O criminalista Elias Mattar Assad, que é assistente da acusação, acredita que essa possibilidade é grande.
Na audiência desta terça-feira, Carli Filho será questionado , principalmente, sobre os fatos que ocorreram na noite de 7 de maio de 2009 quando provocou o acidente que matou os jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. Durante as investigações ficou comprovado que o ex-deputado dirigia bêbado, em alta velocidade (entre 161 e 173 km/h) e com a carteira de habilitação suspensa. Uma lista de multas envolve o acusado, a maioria por excesso de velocidade. Carli Filho, porém, poderá repetir o que disse à polícia durante a fase do inquérito de que bateu a cabeça e não se lembra de nada, ou ainda, tem o direito de se manter calado.
Durante a audiência a acusação e a defesa também devem se manifestar e ao final do interrogatório, o juiz pode anunciar se o réu vai a júri popular ou se será julgado por um juiz singular. “Vamos pedir que o juiz declare encerrada a fase de instrução do processo e decida se haverá o júri popular”, disse Assad à Rede Sul de Notícias. Assad, porém, observa que pela complexidade do caso, o juiz poderá optar pelo adiamento da decisão por até 10 dias. O advogado de defesa, Roberto Brzezinski não retornou as ligações da RSN para comentar o fato.