Três ônibus lotados de professores e demais servidores estaduais de Guarapuava e da Região deixaram a cidade na manhã desta terça (3). De acordo com a presidente da APP-Sindicato, professora e vereadora Terezinha Daiprai, todos participam do movimento grevista que começou nessa segunda (2).
Conforme Terezinha, em Guarapuava, 60% das escolas estaduais aderiram à greve. Já a média de adesão no Estado, segundo a APP-Sindicato é de cerca de 80%. Entretanto, a Secretaria de Estado da Educação, fez um balanço e diz que somente 2,8% das 2.143 escolas do Estado, ou 61 colégios pararam totalmente. Outras 344 instituições de ensino pararam parcialmente.
Assim, pela manhã, mais de cinco mil servidores fizeram uma marcha que saiu da Praça 19 de Dezembro até a Praça Nossa Senhora de Salete no Centro Cívico. Eles percorreram a avenida Cândido de Abreu. Conforme o Fórum das Entidades Sindicais (FES), são servidores de todas as Regiões do Estado. Durante a tarde a categoria acompanha a sessão da Assembleia Legislativa. Porém, uma nova assembleia está marcada para às 16h de hoje (3) para avaliar os rumos da greve
Assim, o movimento que promete ser por tempo indeterminado, reage contra a proposta de reforma da previdência dos servidores públicos estaduais. O projeto está na Assembleia Legislativa do Paraná.
A PEC
De acordo com a APP-Sindicato, a reforma inclui uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Dessa forma, a proposta estabelece idades mínimas de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Porém, é preciso ter o tempo de contribuição de pelo menos 25 anos para a aposentadoria de servidores públicos.
Além disso, outros dois projetos estão em trâmite. Um deles eleva de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores ao Paraná Previdência. O outro regulamenta mudanças no plano complementar de aposentadoria do funcionalismo.
De acordo com governo a proposta de reforma segue os parâmetros do que já foi aprovado em nível federal. Conforme o Governo, “a medida contribui para estancar o crescimento do déficit já existente para o pagamento de aposentadorias e pensões”. O valor é de R$ 6,3 bilhões em 2019.
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