O advogado Elias Mattar Assad que atua como assistente de acusação no caso envolvendo o ex-deputado Fernando Carli Filho disse que um advogado já foi contratado em São Paulo para encontrar as duas testemunhas que ainda faltam ser ouvidas no processo: o lutador de Muay-Thay Paulo Zorelo e o empresário Marcelo Mussi Ferreira (dono de um restaurante). Um deles deveria ter sido ouvido por um juiz em São Paulo na quarta-feira (11), mas deixou de comparecerna 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital paulista. Segundo Elias Mattar Assad, o homem seria ouvida por meio de carta precatória e esta foi a segunda vez que o depoimento foi adiado.
"Vamos pedir ao juiz que designe uma nova data com urgência com ordem de condução (para buscado judicialmente onde estiver).
O advogado disse que essa estratégia da defesa de Carli Filho é para dificultar o andamento do processo. "Se isso continuar acontecendo vamos pedir que sejam processados por desobediência", afirmou. Segundo Mattar Assad, os dois homens não são testemunhas presenciais, portanto, não tem validade jurídica. "Foram arroladas para dizer que ele (Carli Filho) é uma boa pessoa, mas ninguém está dizendo o contrário.A Constituição já presume que todas as pessoas são boas, portanto esses depoimentos não vão ajudar ele (Carli Filho) em nada, mas estão atrapalhando o andamento do processo", diz.
De acordo com o advogado, o juiz Daniel de Avelar, responsável pelo caso, está agindo com cautela para evitar uma possível nulidade futura. "Eles (defesa) podem alegar que a defesa foi cerceada e não queremos correr esse risco", afirmou referindo-se a possibilidade da dispensa das duas testemunhas.
O criminalista disse também que o fato do ex-deputado ter dito durante o interrogatório de segunda-feira (9) que não lembra de nada do que aconteceu na noite do acidente que matou os jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida em 7 de maio de 2009, numa analogia, é próprio de quem não tem nada a dizer.
Foto: Gazeta do Povo