Sindicato dos Professores da Unicentro apoia “estado de greve”

A mobilização dos professores e funcionários públicos municipais de Guarapuava ganhou mais um apoio nesta semana. Durante a manifestação que aconteceu ontem, segunda-feira (23) e que atraiu mais de 700 pessoas para a caminhada até a Prefeitura, a Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro) apoiou publicamente o protesto.
“Como pai de duas alunas que estudam na Escola Municipal Cebula estou aqui para apoiar a mobilização dos professores e para desafiar o prefeito a vir aqui pedir votos”, disse o professor Denis Foi ele quem também falou em nome da Adunicentro que a mobilização do Sindicato dos Funcionários Públicos e Professores Municipais (Sisppmug) está sendo divulgada pela entidade em todo o Paraná a partir desta semana.
O sindicalista lembra que o estado de greve em que permanece a categoria é o último recurso a que qualquer categoria profissional recorre quando suas reivindicações não são atendidas.
“O estado de greve se instala quando se tornou absolutamente impossível avançar dada a intransigência do governo ou concessionária do serviço público. Dizemos que quando há greve o ‘radicalismo’ não é dos trabalhadores, mas sim, sobretudo do governo ou patrão mesmo quando os dados econômicos demonstram haver possibilidade de acordo”, explica Denis.
“E por que o governo ou concessionária se tornam intransigentes não negociando? Porque eles estabelecem outras prioridades para aqueles recursos financeiros que a categoria reinvindica. Geralmente prioridades mais visíveis do ponto de vista eleitoral,” diz.
De acordo com o professor, a população, mesmo sentindo os efeitos negativos de uma greve, precisa compreender que a solidariedade com uma categoria de trabalhadores em estado de greve é garantia para que o serviço público funcione (ao menos no que depende de seus trabalhadores). “Precisa entender também que aqueles trabalhadores estão lutando por dignidade, por respeito e valorização.”