22/08/2023
Cotidiano Guarapuava Saúde

Em Guarapuava, Vigilância intensifica ações de combate à dengue

"Risco de termos uma epidemia é grande”, alerta chefe da Divisão da Vigilância Ambiental, José Airton Klosowski

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Em Guarapuava, Vigilância Sanitária intensifica ações de combate à dengue (Foto: Secom/Prefeitura de Guarapuava)

Com o verão, os cuidados com os focos do mosquito transmissor da dengue devem ser redobrados. Meses com a ocorrência intensa de pancadas de chuva, como janeiro, são ainda mais propícios para o acúmulo frequente de água parada. Por isso, a vigilância sanitária de Guarapuava está em alerta.

Outra preocupação é o crescimento da doença no Paraná. Conforme a equipe, no primeiro mês do ano, foram registrados três casos de dengue confirmados e quatro seguem em investigação na cidade.

(Foto: Secom/Prefeitura de Guarapuava)

“Todos os casos confirmados são de pessoas que já vieram para o município com o vírus. O último registro de um caso de dengue autóctone, ou seja, quando a doença contrai o vírus dentro da cidade, foi em 2016. Com esses casos confirmados, o risco de termos uma epidemia é grande”, declarou o chefe da Divisão da Vigilância Ambiental, José Airton Klosowski.

Por isso, a vigilância sanitária promove ações de conscientização em toda a cidade, com trabalhos diários de orientação, coleta de larvas e panfletagem. “Além das ações que já realizamos diariamente, nossos agentes estão agendando palestras em escolas municipais e estaduais para conscientizar alunos e professores a olharem para as próprias casas e eliminarem os focos do mosquito”.

VISITAS DOMICILIARES

Fazendo visitas domiciliares diárias, as equipes conseguem orientar a população sobre os riscos e formas de evitar possíveis focos. Além disso, mapeiam situações propícias à proliferação do mosquito.

(Foto: Secom/Prefeitura de Guarapuava)

O vírus é transmitido por meio da picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito que se multiplica em depósitos de água parada. Conforme a vigilância sanitária de Guarapuava, 96% das larvas encontradas estão em casas, sendo os maiores índices registrados nos bairros Industrial, Batel, Trianon, Santana, Primavera, Conradinho e Bonsucesso.

“Existem larvas e mosquitos pela cidade, os criadouros estão crescendo. Se uma pessoa contrair a dengue e vir para Guarapuava e for picada mais uma vez pelo mosquito aqui, o vírus pode ser transmitindo e causar uma possível epidemia”, afirmou José.

RESPONSABILIDADE COMUNITÁRIA

Para evitar que isso aconteça, é preciso o esforço de toda a comunidade. O comerciante Rui Sérgio Bellin, do bairro Morro Alto, recebeu a visita da vigilância sanitária nesta semana. Em seu estabelecimento, ele mostrou o cuidado de todos de sua equipe para evitar focos de água parada.

“Se cada um cuidar do quintal da sua casa, conseguiremos prevenir esse problema na nossa Região. Aqui na Auto Peças, depois de cada chuva, reunimos o pessoal para fazer uma vistoria no pátio, tentando acabar com todos os pontos de água parada. Regulamente, recebemos a visita da vistoria e até hoje não temos nenhum registro, mas é sempre importante estar alerta”.

(Foto: Secom/Prefeitura de Guarapuava)

MAIS AÇÃO

Para envolver ainda mais a população no combate à dengue, a equipe da vigilância sanitária está estudando a organização de um mutirão, em parceria com a 5ª Regional de Saúde, órgãos públicos e privados e com a colaboração do 26º GAC. Entretanto, a data da atividade ainda não foi definida.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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