O Tribunal do Júri da Comarca de Laranjeiras do Sul vivenciou o julgamento popular mais longo da sua história. Durante cinco dias, de 28 de janeiro a 3 de fevereiro de 2020, Gean Salles foi julgado pelo assassinato do seu pai Tadeu Abel Carvalho Salles, em 2015. Além de matá-lo, ele escondeu o corpo.
De acordo com a defesa, Gean foi condenado a 18 anos e três meses de prisão, em regime fechado. Assim, ao final do julgamento a juíza Cristiane Dias Bonfim, leu a sentença de 13 anos por homicídio, outros três anos por ocultação de cadáver e dois anos por ameaça de testemunha.
Porém, esse resultado foi satisfatório, segundo o advogado João Daniel Chemin, de Guarapuava. Ele e Igor Faggion atuaram na defesa do réu. Segundo o criminalista, pelos crimes cometidos por Gean, a condenação poderia chegar a 30 anos de prisão. “Com a pena de 18 anos, ele deve ainda cumprir 1/6 da pena, em virtude da desclassificação de homicídio qualificado para simples”.
Mesmo assim, a defesa já interpôs recurso. “O nosso cliente, em momento algum confessou o crime. Ele luta para provar a sua inocência e quer que as investigações continuem”.
O CRIME
Tadeu Abel Carvalho Salles, desapareceu no dia 4 de dezembro de 2015 em Laranjeiras do Sul. Porém, dois dias depois, no dia 6, o corpo foi encontrado carbonizado. Estava na propriedade rural da família na localidade de Cachoeira da Aparecida, interior do município de Marquinho.
Entretanto, no dia 8 de janeiro, o veículo foi encontrado. Todavia, após cerca de dois anos de investigações com depoimentos de 29 pessoas, além de provas periciais, Gean foi preso. Porém, pelo porte ilegal de arma de fogo e permaneceu na cadeia até ir a júri popular.
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