Professora de dança, técnico de teatro, líder quilombola e outras pessoas do público que compareceram ao Cine Teatro Ópera na noite de sábado (4) em Ponta Grossa, não pouparam elogios à Companhia de Música e Dança Afro Kundun Balê – Quilombo Paiol de Telha, de Guarapuava.
"Eu trabalho com dança há anos e nunca vi nada igual. Tive uma grata surpresa com o espetáculo que foi mostrado. Simplesmente adorei e acho que o Paraná e o Brasil devem conhecer esse grupo e valorizá-lo.", elogiou a professora Vera Wolf.
"Como profissional assisto espetáculos de todos os gêneros e não devo comentar se este ou aquele é melhor, mas como pessoa não posso deixar de elogia o trabalho que vi. A energia, a força da música da África Mãe é muito forte, mas o espetáculo que assisti é incomparável, mexe com a gente. Vocês estão de parabéns e devem votar mutio mais vezes a Ponta Grossa para que mais pontagrossensses conheçam o Kundun. Parabenizar é muito pouco", avaliou o técnico responsável pelo Cine Teatro Ópera, Américo Nunes.
"Quando voces estiveram hoje na nossa comunidade e falaram sobre o trabalho eu pensei que viria aqui para ver um grupo de capoeira, mas nunca imaginei na minha vida ter visto o que vi. É a minha raiz e issio mexeu muito comigo. Não há o que falar sobre o Kundun, a gente tem que assistir, sentir e aplaudir. Isso orgulha nós negros", disse a líder quilombola Neivair de Jesus, da comunidade Sutil, de Ponta Grossa.
Contemplado com o I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras, realziado pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento (CADON), com patrocinio da Petrobras/Ministério da Cultura e Fundação Palmares, o Kundun deixa a sua marca pelos palcos por tem passado.
Foto: A perfomance de Djankaw em "Senhores da Mata"