Advogado quer por um fim na estratégia da defesa de Carli Filho

O assistente de acusação no caso que envolve o ex-deputado Fernando Carli Filho, o criminalista Elias Mattar Assad, vai pedir que o juiz Daniel S. de Avelar, da 1°Vara Criminal de Curitiba, dê andamento no processo mesmo sem ouvir as duas testemunhas arroladas pela defesa que há meses não estão sendo encontradas pela polícia. As duas testemunhas moram em São Paulo e nunca estão na cidade.

"Quando a polícia chega nos endereços onde essas duas pessoas moram dizem que estão em outros estados  e vice-versa. Nunca são encontrados", disse a empresária Christiane Yared à Rede Sul de Notícias. "Essas testemnhas estão brincando de gato e rato com a justiça", comparou a mãe de Gilmar Rafael Yared, morto no acidente provocado pelo primogênito do prefeito Fernando Ribas Carli na madrugada de 7 de maio do ano passado. Carli Filho, como já ficou comprovado, dirigia bêbado, em alta velocidade e tinha a Carteira de Habilitação cassada pelo excesso de multas, quase todas por dirigir em velocidade não permitada.

Para colocar um ponto final na estratégia da defesa de Carli Filho para emperrar o andamento do processo Christiane Yared disse que a acusação vai pedir maior agilidade na decisão do juiz que vai determinar se Carli Filho será julgado por um tribunal popular ou por um tribunal de justiça.

Yared disse também que o ex-deputado confessou que não tem nenhuma intenção em pedir perdão aos pais de Gilmar Rafael Yared e de Carlos Murilo de Almeida, as duas vítimas fatais do acidente. Foi na audiência realizada em Curitiba. "Minha filha estava na audiência e ouviu ele (Carli Filho) falar isso. Ele não entnde que o perdão não é para nós, familiares das vítimas. Isso não trazer nossos filhos de volta. Quem morreu, acabou. O perdão é para ele mesmo", afirmou.