22/08/2023

Kundun é aplaudido em Reserva do Iguaçu

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Mais uma vez a Companhia de Música e Dança Afro Kundun Balê – Quilombo Paiol de Telha foi aplaudido pelo público. Desta vez, foi no município de Reserva do Iguaçu, na noite de terça-feira (7), no Parque dos Tropeiros.

"Eu já tinha assistido o Kundun, mas eles se superam a cada apresentação e agora ´premiado nacionalmente e patrocinado pela Petrobras. Quero o Kundun no aniversário do município no ano que vem quando Reserva do Iguaçu vai completar 15 anos. Vocês estão de parabéns", elogiou o prefeito Sebastião Campos.

O agrimensor aposentado Lindo de Campos já tinha assistido o Kundun em video e num documentário e também não poupou elogios. "O Kundun ao vivo não tem definição. Essa energia que eles repassem para o público não tem definição. Parace que os bailarinos não tem ossos no corpo. É muito lindo, o trabalho do coordenador é maravilhoso. Não há palavras que expliquem. É só vendo para poder assistir. Vocês merecem esse prêmio e estão de parabéns", afirmou.

NO BARRANCO

Durante a tarde que antecedeu a apresentação o Kundun foi até o "barranco" onde há 12 anos existe o acampamento de famílias quilombolas em frente a área que heredaram de seus antepassados. O reencontro com o local onde muitos bailarinos e percussionistas moraram durante 1,4 anos foi emocionante.

"Eu sei o que minha família sofreu aqui. Eu sei o que eu, ainda criança, sofri aqui. Fui humilhada por outras crianças que moram nas fazendas cujas terras são nossas,  fui discriminada na escola. Eu sei muito bem o que essas crianças que ainda moram nesse lugar sofrem", disse Michele Dandara Ribeiro.

Os quilombolas que residem nos barracos vivem em condições subhumanas. São mulheres, crianças, homens, jovens e, principalmente, idosos que ainda resistem e lutam pela terra de origem. "Só saio daqui morto. Minha mulher (Anália) já morreu lutando, o Deolindo, também", disse Domingos Gonçalves.

Os quilombolas passaram a tarde com o Kundun e à noite assistiram, pela primeira vez, a apresentação cultural da companhia quilombola.

Cristina Esteche

Jornalista

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