O mês começa com a expectativa da ciranda entre pré-candidatos que já possuem cargos eletivos. É que a partir desta quinta (5) é possível que vereadores mudem de partido sem sofrerem qualquer punição da legenda. Assim, numa pesquisa prévia, em Guarapuava, oito vereadores devem trocar de siglas até 3 de abril.
De acordo com o calendário eleitoral, feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo é considerado para a justa causa necessária para a mudança partidária. Conforme o TSE, destina-se aos vereadores que queiram concorrer às eleições majoritárias (prefeitura) ou proporcionais (reeleição).
Assim, o prazo da chamada janela partidária termina no dia 3 de abril, seis meses antes do pleito. O primeiro turno será em 4 de outubro e o segundo turno no dia 25 do mesmo mês.
EM GUARAPUAVA
Em Guarapuava, a movimentação nos bastidores é intensa. Dois pré-candidatos à sucessão do prefeito Cesar Silvestri Filho (Podemos), trocam de legenda. O vice-prefeito Itacir Vezzaro, hoje no PDT, e o secretário de Saúde Celso Góes, que deixa o Republicanos.
Aliás, o Republicanos deverá ser o partido que sofrerá um esvaziamento. Responsável pela eleição dos vereadores Valdomiro Batista, o Jabur, Pedro Moraes e Luiz Juraski, a saída de dois dos três é dada como certa.
“Só estou aguardando a janela para sair. Mas não faço mais parte desse time”, disse Jabur ao Portal RSN. Ele antecipou a sua opção pelo PMN. “Como o Aliança não está apto a disputar a eleição, temos o aval do partido do presidente Bolsonaro para ir para o PMN”.
Já o vereador Luiz Juraski disse que fica no Republicanos. “Fico com certeza. Não vou abandonar um partido que me chamou, me deu oportunidade e me elegeu”. Porém, o Portal RSN tentou contato com Pedro Moraes, sem retorno. De acordo com informações, mais de 15 pessoas deverão sair do Republicanos. A maioria irá se filiar ao Podemos.
O presidente municipal do Republicanos, Luiz Claudio Paiola, o Ligeirinho, agendou conversa com o Portal nesta segunda (2). Porém, cancelou dizendo que foi chamado a Curitiba. Outro vereador que tem saída marcada é Guto Klosowski. Filiado ao antigo PHS ele diz que uma coisa é certa.
“No Podemos eu não fico, mas até o fim da semana que vem eu defino”. Guto está entre o MDB, PDT, DEM e Solidariedade.
OUTROS
Assim, mais um vereador que deixa o partido de origem é o Professor Serjão. Eleito pelo PT, o professor há meses acena com a possibilidade de trocar de sigla. Porém, disse que a decisão será tomada nesta semana.
Caso decida pela troca, o PDT é o caminho mais provável para o professor. Professor Serjão foi ausência registrada nas comemorações de 40 anos do PT na sexta (28), em Guarapuava. Ele disse que fez uma microcirurgia que estava agendada há meses.
Aliás, as hostes pedetistas perdem o vice-presidente Itacir Vezzaro que decidirá entre quatro convites recebidos. “Até esta quarta (4) eu decido”, assegurou.
Também estão de mudança os vereadores Valdemar Calixtro, o Negão, que deverá engrossar as fileiras do Podemos, Gilson da Ambulância que deverá ir para o Solidariedade, Elcio Melhem que pode ir para o PSDB e Vardinho que poderá se filiar ao DEM.
Assim, ao trocarem de partido, os pré-candidatos buscam mais recursos, melhor composição de chapas e apoio político para as campanhas.
CALENDÁRIO
No dia 4 de abril, todos os partidos que pretendem disputar as eleições devem estar com registro aprovado pelo TSE.
No mesmo mês, o tribunal vai lançar uma campanha nas emissoras de rádio e televisão para incentivar a participação das mulheres nas eleições e esclarecer o eleitor sobre o funcionamento do sistema eleitoral.
Além disso, dia 16 de junho, a Corte deve divulgar o valor corrigido do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), criado pelo Congresso. Conforme o orçamento da União, R$ 2 bilhões estão previstos para o fundo.
Em julho, os partidos estão autorizados a promover as convenções internas para escolha de seus candidatos, que deverão ter os registros das candidaturas apresentados à Justiça Eleitoral até 15 de agosto. No dia seguinte, a propaganda eleitoral está autorizada nas ruas e na internet até 3 de outubro, dia anterior ao primeiro turno.
Em setembro, a partir do dia 19, nenhum candidato poderá ser preso, salvo em flagrante. No caso dos eleitores, a legislação eleitoral também proíbe a prisão nos dias próximos ao pleito. No dia 29, eleitores só podem ser presos em flagrante. A diplomação dos prefeitos e vices, além dos vereadores eleitos, deve ocorrer até 19 de dezembro.
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