*Reportagem com vídeo
O Hospital Regional de Guarapuava poderá entrar em funcionamento, na melhor das hipóteses, apenas em 2021. Essa possibilidade é a conclusão tirada a partir da resposta dada pelo secretário de Estado da Saúde Beto Preto, à deputada Cristina Silvestri (Cidadania). A parlamentar participou da prestação de contas do quadrimestre da Saúde, nessa terça (3) e não perdeu a oportunidade de questionar sobre a demora do fim da obra.
A obra está lenta, a passos de tartaruga mesmo. Precisamos saber um prazo e, também, qual vai ser a forma de gestão. Quais as características do hospital, as referências, as especialidades?
De acordo com o secretário, embora a obra já esteja com 95% concluídos e equipamentos já sendo comprados, a morosidade esbarra na definição da parceria público-privado (PPP), responsável por gerir o HR. Segundo o secretário, o prazo atual nesse sistema é de um a dois anos para que a empresa inicie o atendimento. Entretanto, uma reunião nesta quarta (4), pretende reduzir esse prazo para nove meses.
Estamos com alguns estudos e vamos bater o martelo neste sentido, abreviando todo este tempo para cerca de nove meses.
Todavia, o HR deveria ter sido inaugurado em 2019. Contudo, a chefe da 5ª Regional de Saúde, Eliane Harmuch, anunciou no ano passado que o hospital deveria entrar em funcionamento em 2020. “Enquanto as obras estão sendo concluídas, equipamentos e mobiliário estão sendo licitados”, disse ao Portal RSN em 2 de julho de 2019.
Todavia, Cristina Silvestri lembra que um universo de 500 mil pessoas aguarda a abertura do hospital na Região. “Estamos sendo muito cobrados e precisamos que o HR entre em funcionamento o quanto antes”.
Porém, de acordo com Beto Preto, o modo de gerenciamento do Hospital Regional não pode ser o modelo que já existe. “Queremos esse gerenciamento na lógica de algumas experiências que entendemos que têm sido bem sucedidas. Estivemos visitando hospitais na Bahia, em São Paulo, então a nossa tendência é trabalhar com PPP, mas com valores fechados”.
Com um perfil para atendimento de urgência/emergência, principalmente, traumas, o Hospital Regional oferecerá também atendimento em ortopedia (traumas), clínica médica, neuro e cardio. De acordo com o Beto Preto, também servirá como base para o atendimento do Samu na Região e será agregador para o Centro de Especialidades.
O Hospital Regional do Centro-Oeste, que leva o nome do ex-deputado Bernardo Ribas Carli tem uma área total de 16 mil m². Serão cinco centros cirúrgicos, ambulatório, pronto atendimento e centro de imagens. Além de 150 leitos, dos quais 30 de UTI adulto e 10 de UTI infantil. Os demais leitos atenderão outras especialidades.
DEMANDA
A cobrança constante da deputada Cristina Silvestri para a urgência do funcionamento do Hospital Regional tem como base a demanda regional. Em julho de 2019, Cristina Silvestri e o governador Ratinho Junior anunciaram a liberação de R$ 1,3 milhão para a conclusão das obras. De acordo com a parlamentar, ela vinha trabalhando essa liberação desde o início de 2019, em audiências com o secretário Beto Preto, e com o governador. “O Hospital Regional é uma demanda antiga e a sua conclusão é urgente”, já defendia a deputada.
Conforme Cristina Silvestri, Guarapuava e Região contam com apenas dois hospitais para uma população estimada em 500 mil habitantes. Assim, com a maioria de atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), problemas financeiros integram o dia-a-dia desses hospitais. Além do impasse com o Hospital Regional, o Centro de Especialidades, embora com a obra física pronta há mais de um ano, também está sem funcionar.
De acordo com o secretário Beto Preto, o Centro será um agregador ao atendimento do Hospital Regional. Entretanto, as obras do Hospital do Câncer, também localizado na ‘Cidade dos Lagos’ estarão concluídas em breve. Essa unidade entrará em funcionamento por meio de uma parceria com o Hospital Erasto Gaetner e São Vicente de Paulo.
Confira a intervenção da deputada no vídeo abaixo.
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