Uma iniciativa da Procuradoria da Mulher vai permitir exames periciais em mulheres violentadas sexualmente, em cidades que não possuem Instituto Médico Legal (IML). Para isso, a parceria foi firmada entre a procuradoria que é ligada a Assembleia Legislativa, e as secretarias estaduais de Segurança e da Saúde. Assim, o programa vai atuar na formação de médicos peritos para que os exames possam ser feitos diretamente em hospitais de referência.
De acordo com Maria Goretti David Lopes, superintendente de Atenção à Saúde ,essa formação será nas quatro Regiões do Estado. “Os médicos do hospital de referência farão o trabalho que seria do perito”.
Conforme a deputada Cristina Silvestri, Procuradora da Mulher no Paraná, o programa será importante para o controle de danos psicológicos das pessoas em situação de violência sexual. “Nós temos muitos municípios no interior que ficam a mais de 100 quilômetros da sede. É inviável e até humilhante fazermos a mulher, vítima, ficar revivendo tantas vezes este crime enquanto vai ao IML para fazer todos os exames necessários”.
PEDIDO FOI FEITO EM 2019
De acordo com a deputada guarapuavana, o pedido para ampliação do atendimento integral e humanizado foi o primeiro pleito da Procuradoria da Mulher, apresentado pela deputada Cristina Silvestri ao Estado em requerimento assinado em setembro de 2019. Na época, a procuradora recebeu a demanda de lideranças femininas ligadas à saúde.
“Junto às demais deputadas, Tribunal de Justiça e outras lideranças, nós fomos até a Secretaria de Saúde para discutirmos a manutenção do programa e também a sua ampliação. Esta política pública já vinha dando bons resultados em Curitiba e era necessário a sua extensão às demais macrorregiões do Estado”.
Cristina observa que os crimes sexuais ainda crescem de maneira alarmante. “E enquanto as políticas públicas que temos trabalham para tentar controlar este problema, nós precisamos também dar atenção para as mulheres e crianças que são vítimas destes bárbaros crimes”.
O secretário de segurança, Coronel Marinho, frisou que uma das principais bandeiras da SESP é, justamente, o combate à violência contra a mulher.
“Este foi mais um passo contra a violência da mulher. Para que a gente se comprometa cada vez mais combate ao cometimento destes bárbaros crimes. E para que as vítimas recebam o atendimento necessário, com mais amparo do Governo do Estado”.
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