22/08/2023


Agronegócio Brasil Guarapuava Paraná Região

Colheita da soja é 6% maior que a de 2019 em Guarapuava e Região

De acordo com o Deral, a previsão da produtividade era de 3,6 mil quilos por hectare. Entretanto, já foram colhidos 4 mil quilos de soja por hectare

Colheita de Soja

Colheita da soja é 6% maior que a de 2019 em Guarapuava e Região (Foto: Jonas Oliveira/AEN)

Os agricultores de soja de Guarapuava e Região iniciaram a colheita nas últimas semanas. Mesmo com a habitual estiagem em dezembro e janeiro, a produtividade do grão não sofreu grandes prejuízos como em safras anteriores. Segundo Dirlei Antonio Manfio, técnico agropecuário do Núcleo Regional de Guarapuava, que pertence a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), “a atual colheita já demonstra cerca de 6% a mais do que as estimativas de janeiro deste ano. As lavouras de soja da nossa Região estavam excelentes”.

De acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), a previsão da produtividade era de 3,6 mil quilos por hectare. Entretanto, de acordo último relatório compilado nessa segunda (9), já foram colhidos 4 mil quilos de soja por hectare e 70% do milho plantado. As ceifas devem se estender até o mês de abril. Mas, conforme Manfio, “a está altura da colheita, mesmo com os números positivos, a produção é similar as médias históricas para Guarapuava”.

Além de Guarapuava, outros nove municípios fazem parte do Núcleo Regional. São eles, Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Pinhão, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu e Turvo. As principais culturas são, a da soja com 285 mil hectares cultivados, milho com 53 mil hectares e feijão com 25 mil hectares.

Paraná

Essa expectativa positiva está em conformidade com a produção estadual de grãos, cuja estimativa divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, estima R$ 93 bilhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná em 2019. Esse resultado, caso se confirme, indica um ganho de 3,4 % em relação ao VBP de 2018, que foi de R$ 89,78 bi.

A versão preliminar do relatório, que inclui o faturamento de mais de 300 produtos da agropecuária e o desempenho das Regiões e municípios paranaenses, tem divulgação prevista para o mês de junho. Entretanto, já é possível sinalizar alguns índices relativos aos principais produtos do Estado, que representam cerca de 75% do total.

De acordo Larissa Nahirny, técnica da Seab e responsável pela elaboração do relatório, esses desempenhos foram compensados pelo valor do milho na segunda safra. O aumento foi de 1% nos preços. “A produção passou de 9 milhões de toneladas em 2018 para 13 milhões em 2019, representando ganho de R$ 2 bilhões sobre a renda de 2018, que foi de R$ 6,6 bilhões”.

Conforme a Agência Estadual de Notícias, por estado, o Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com 26,9% de participação, seguido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (14,1%) e Goiás (10,2%).

Guarapuava, Irati e Curitiba são os três maiores produtores de soja do Estado (Foto: Ascom/Governo do Estado do Paraná)

Nacional

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar mais um recorde na série histórica e chegar em fevereiro de 2020 a 249 milhões de toneladas. O número é 3,1% maior do que o registrado no mesmo mês de 2019, quando foram produzidas 241,5 milhões de toneladas. Em relação a janeiro, o crescimento é 0,9%.

Em área colhida, os 64,4 milhões de hectares representam crescimento de 1,8% na comparação anual e de 0,1% na mensal. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nessa terça (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Agência Brasil, os principais produtos são arroz, milho e soja, que representam 93,2% da estimativa da produção e somam 87,3% da área a ser colhida. Na comparação com 2019, a área plantada de milho subiu 1,4%, a de soja cresceu 2,6%. Em produção, a estimativa do IBGE na comparação anual é de alta de 10,4% para a soja, com recorde de 125,2 milhões de toneladas e queda de 4% para o milho, com 96,5 milhões de toneladas.

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Cristina Esteche

Jornalista

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