Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal, nesta terça (17). De acordo com o MPF, todas estão envolvidas no assassinato do jornalista Vladimir Herzog e no laudo falso que atestou que ele teria se suicidado. Vladimir foi morto em 25 de outubro de 1975. Porém, antes foi preso e torturado por agentes DOI-Codi de São Paulo. Era o período da ditadura militar.
Conforme a denúncia do MPF, entre os denunciados estão Audir Santos Maciel, comandante responsável pelo DOI-Codi, e José Barros Paes, chefe do comando da 2ª Seção do Estado-Maior do II Exército. Assim, também foram denunciados os médicos legistas Harry Shibata e Arildo de Toledo Viana.
Eles foram os responsáveis por um laudo médico declarando que Herzog teria cometido suicídio. Alem deles, há também Audir Casadei, então carcereiro do DOI-Codi; e Durval Ayrton Moura de Araújo, então designado na qualidade de representante do Ministério Público Militar. Ele acompanhou as diligências envolvendo o caso.
A denúncia diz que há outras pessoas ainda não identificadas, ou já falecidas, que mataram o jornalista. O motivo, segundo o MPF, é “torpe, com o emprego de tortura e por meio de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido”.
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