O "pretinho que satisfaz", produto que compõe o cardápio trivial da mesa do brasileiro sofreu alta no preço, mas nem tanto. Detentor da maior fatia da produção na região de Guarapuava, em 12 municípios, o equivalente a 75% das lavouras, o feijão preto está custando ente R$ 80,00 e R$ 90,00 a saca para o podutor. O preço anterior era de R$ 70,00 a saca, de acordo com o engenheiro agrônomo Arthur Bittencourt Filho, do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura.
"Quem guardou o feijão agora pode pegar um preço um pouco melhor", disse o agrônomo. Dona Jaíra Marques é uma pequena agricultora que tirou um pouco de feijão para o consumo da família e estocou o restante, "umas 40 sacas" para vender quando o preço tivesse melhor. "Agora está na hora de vende ro meu feijão, já que o preço está um pouco melhor. Já estou com tudo encomendado", afirmou.
A expectativa, porém, é de que o preço continue em alta e que, consequentemente, seja repassado ao consumidor, caso persista a estiagem.
"Já está havendo atraso no plantio na entrada da nova safra (feijão, milho, batata). Retardando o plantio, atrasa também a colheita e falta o produto, puxando o preço para o alto", observa.
NAS PRATELEIRAS
Hoje o quilo do feijão pode ser encontrado a partir de R$ 1,31 em supermercados de Guarapuava. Numa loja localziada na Vila Bela, o valor do quilo varia entre R$ 1,31 e R$ 2,59. Em outra, na Vila Pequena, o feijão pode ser encontrado por R$ 1,49 a R$ 3,64. Já numa loja no centro da cidade o preço oscila entre R$ 1,39 a R$ 2,99. O que determina o valor por quilo, segundo vendedores, é a qualidade e a marca do produto.