Nos primeiros oito dias de quarentena os números da violência contra a mulher registraram um aumento cerca de 15%. De acordo com a Procuradoria da Mulher na Assembleia do Paraná, esses dados foram revelados apenas entre 13 e 21 de março. Porém, de lá para cá, nenhum outro relatório sobre o assunto foi divulgado.
Assim, para trazer à tona a ‘cara’ da violência doméstica de forma constante, a deputada Cristina Silvestri, que é a procuradora, está pedindo a divulgação periódica desses dados. Em ofício encaminhado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), a procuradora observa a necessidade desses dados para que a Rede de Enfrentamento possa traçar ações e atuar.
Estes números são necessários para que a Rede de Enfrentamento tenha mais detalhes sobre o verdadeiro cenário da violência contra mulheres neste período. E assim, possa traçar ações de combate que sejam efetivas.
O pedido foi assinado, também, pelas demais integrantes da Bancada Feminina da Casa: deputadas cantora Mara Lima, Mabel Canto, Maria Victória e Luciana Rafagnin.
Entretanto, a procuradora observa que ainda é prematuro afirmar “com certeza”que qualquer crescimento é um reflexo preciso da quarentena. “Por isso precisamos desses dados, continuando com o monitoramento e, também, com o acolhimento destas mulheres. A proteção das paranaenses também é um serviço essencial”.
Na semana passada, Cristina Silvestri solicitou à SESP que libere, através da Delegacia Eletrônica, a possibilidade de mulheres registrarem, também, boletins de ocorrência online, exceto em casos de violência sexual. O pedido teve o apoio de 16 parlamentares, incluindo as deputadas integrantes da Bancada Feminina. Porém, a SESP ainda não respondeu ao requerimento.
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