O presidente Jair Bolsonaro acaba de demitir o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O anúncio foi feito pelo presidente em reunião que acabou pouco antes das 16h desta quinta (16), e que não estava na agenda oficial.
Assim, Mandetta está sendo substituído pelo oncologista Nelson Teich, que se reuniu com Bolsonaro antes do anúncio. Ele foi consultor na campanha do atual presidente.
Entretanto, a decisão do presidente não surpreende. O próprio Mandetta já tinha avisado a equipe sobre a demissão dele.
Ambos estão em crise há semanas por divergências sobre o coronavírus. Inclusive, na semana passada Mandetta só não foi exonerado porque uma ala militar convenceu o presidente de que não seria o momento.
É que o ex-ministro vinha defendendo o isolamento total para evitar o aumento do contágio, o presidente defende que apenas o grupo de risco deveria ficar em casa. Assim, enquanto Mandetta, que é médico defendia a saúde da população com base em protocolos internacionais, Bolsonaro quer que o restante do povo brasileiro continue trabalhando para evitar uma crise econômica.
NOVO MINISTRO É DEFENSOR DO ISOLAMENTO TOTAL
O desafio do novo ministro da Saúde será despolarizar a saúde da economia. Tido como “bem avaliado” pela cúpula política do Planalto, e tem a seu favor o apoio da classe médica e o bom relacionamento com empresários do setor da saúde.
Entretanto, ele é adepto de Mandetta no que se refere ao isolamento social horizontal. Essa defesa é feita por ele em artigo publicado no dia 3 de abril. O novo ministro classifica o isolamento vertical, defendido por Bolsonaro, como estratégia frágil para combater o vírus. “Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema”.
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