A decisão anunciada pelo Banco Central e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), permite que corretoras câmbio façam operações de até US$ 300 mil com posição própria. Assim, sem precisar de um banco para a operação, 80% dos exportadores e importadores conseguem espaço para negociar taxas de câmbio com um rol maior de instituições.
Portanto, ao ampliar esse limite de negociação, as empresas podem fechar as operações diretamente, sem interferência. E, com isso, podem aproveitar o atendimento especializado no comércio exterior, possibilitando ofertas mais atraentes.
BENEFÍCIOS
Muitas micro e pequenas empresas brasileiras não têm conhecimento sobre como realizar o pagamento da transação. Desse modo, acabam perdendo negociações com o exterior. A operação é complexa, e empresas de menor porte precisam, muitas vezes, de assessoramento personalizado para viabilizar o negócio. De acordo com Kelly Massaro, presidente executiva da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), a decisão só oferece benefícios aos empreendedores.
O papel das corretoras e distribuidoras de títulos e valores é atender o micro e pequeno exportador e importador. Este é o nicho delas, então há um empenho em oferecer atendimento personalizado, assim como os bancos oferecem para grandes e médias empresas.
Conforme a Associação Brasileira de Câmbio, no Brasil, 83% dos exportadores e 86% dos importadores cadastrados no Ministério da Economia comercializam até US$ 1 milhão em bens e serviços por ano.
A Abracam está há meses pleiteando junto ao Banco Central o aumento do limite de operação com posição própria, e apresentou estudos que mostram os benefícios da revisão.
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