A chegada do inverno e a falta de cuidados por parte da população podem levar o sistema de saúde ao colapso em Guarapuava. Referência para uma Região com cerca de 500 mil habitantes, apenas 10 leitos de UTI destinam-se a pacientes com a covid-19. Outros 20 leitos de enfermaria também estão reservados para esses pacientes.
Assim, a estrutura limitada preocupa profissionais da saúde. Um deles é o médico Edson Bruck que nesta semana usou as redes sociais para fazer um apelo à população.
“Estamos na curva de ascendência da covid-19”. De acordo com o médico, a falta de leitos e a previsão do aumento no número de casos da doença podem gerar “prejuízos imensos” à população. “Se dois pacientes graves chegarem no hospital e precisarem de leitos com respiradores e houver apenas uma vaga, um deles vai ficar de fora podendo ir a óbito”.
MÉDICO CONTRAIU A DOENÇA
Trabalhando no sistema de Saúde em Guarapuava há 25 anos, por atuar na ‘linha de frente’ no atendimento a pacientes com a Covid-19, ele acabou contraindo a doença. “Fiquei 17 dias em isolamento”. De acordo com Bruck, ele sentiu na prática o que é ser contagiado pelo novo coronavírus. “Dores no corpo, fadiga, dificuldade para levantar da cama, mesmo para fazer as atividades mais básicas. Vocês não fazem ideia do que é essa doença”.
E o pior: saber que esses sintomas podem evoluir para uma situação mais grave, com a necessidade de atendimento na UTI.
De acordo com Edson Bruck, essa doença não é simples, como muitas pessoas pensam. “Dos dias em que fique em isolamento, nove estive muito mal. Senti muita dor no corpo, fadiga, dificuldade até para fazer as coisas mais básicas, como escovar os dentes, por exemplo. Vocês não fazem ideia”.
Por isso, o médica apela para que as pessoas cumpram o isolamento e o distanciamento social; usem máscaras ao sair de casa; lavem as mãos várias vezes durante o dia e usem álcool gel.
Até este domingo (22), Guarapuava está com 85 casos confirmados da doença.
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