O distanciamento social tem desanimado os jovens estudantes brasileiros, como aponta uma pesquisa divulgada hoje (24) pela Agência Brasil. De acordo com as informações, 28% dos jovens e 15 a 29 anos pensam em deixar os estudos quando as escolas e universidades reabrirem.
De acordo com o vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Marcus Barão, o processo pretende construir uma base sólida de dados, capazes de apoiar tomadores de decisão das esferas pública e privada.
“Queremos auxiliar a formulação de políticas públicas e projetos para e com a juventude no período de pandemia, tanto para o enfrentamento dos desafios de agora, como para a construção de perspectivas para o futuro”. Barão é coordenador da pesquisa “Juventudes e a pandemia do Coronavírus”.
Cerca de 33.700 jovens responderam as perguntas do questionário de todos os estados da Federação e do Distrito Federal. Assim, outro dado afirma que em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quase 50% manifestaram dúvida em fazer as provas.
Promovida pelo Conjuve, em parceria com a Organização em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Visão Mundial, o levantamento “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus” entrevistou jovens de todo o país entre os dias 15 e 31 de maio. O questionário era respondido on-line.
Segundo Marcus Barão, isso representa um risco ao processo de desenvolvimento dos jovens. “Então, é crítico não só quando a gente olha para a pessoa, mas quando a gente olha para a condição de país, isso fica muito sério porque, basicamente, a gente tem hoje a maior geração de jovens da história do país”.
OS DESAFIOS
Além disso, o vice-presidente do Conjuve lembrou que mesmo antes da pandemia, a juventude já estava passando por momentos difíceis. Conforme a Agência Brasil, a taxa média de desemprego entre a população de 18 a 24 anos de idade era de 27,1%, o que significa mais que o dobro da taxa média de desemprego da população em geral, de 12,2%.
Quando o assunto é a perspectiva econômica, Barão explica que a perda de renda das famílias cria um contexto que afeta o educacional. “Isso é muito preocupante porque são justamente os pilares fundamentais para que a juventude consiga avançar. Sete em cada dez jovens relataram que o estado emocional piorou por causa da pandemia”.
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