O relatório do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, traz um destaque para a Região de Guarapuava. De acordo com o Deral, se o Paraná deve colher 40,9 milhões de toneladas de grãos na safra 2019/2020, uma das culturas de inverno tem um ápice na Região.
Conforme o Deral, o Núcleo Regional de Guarapuava é a principal Região produtora de cevada, com um aumento de 11% na área plantada. Entretanto o Paraná permaneceu com a mesma área do ano passado. Outras regiões reduziram o plantio em 14%.
A área cultivada com cevada no Paraná está estimada em 62,6 mil hectares, semelhante à da safra passada. A estimativa de produção paranaense é de 288 mil toneladas, 13% a mais do que na safra anterior. Entretanto, segundo a Seab, a Região de Guarapuava é responsável por 61% da área do Estado, com uma produção estimada em mais de 192 mil toneladas.
De acordo com o técnico Dirlei Manfio, no núcleo, 70% da área de 38 mil hectares já está plantada e na próxima semana o plantio já deve ser concluído. E o que é também muito bom é que 30% da safra já está vendida. Assim, conforme Manfio, essa produção é resultado do investimento dos produtores em máquinas e implementos tecnológicos de ponta, “principalmente na Região de Guarapuava, que já registra uma produtividade de 4.600 quilos por hectares”.
Já o núcleo regional de Ponta Grossa, que também tem 70% da área plantada, é o segundo maior produtor estadual. Também foi registrada, no relatório deste mês, uma área de 770 hectares na Região de Pitanga. Desta forma, a produção de cevada com área estimada em 62,6 mil hectares, é semelhante à da safra passada. A estimativa de produção no Paraná é de 288 mil toneladas, 13% a mais do que na safra anterior.
PARANÁ PODE COLHER 40,9 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS
Incluindo a produção de cevada, o Paraná deverá colher 40,9 milhões de toneladas de grãos na safra 2019/2020. Esse volume é 13% maior do que o produzido na safra passada que foi de 36 milhões de toneladas. É também 0,5 % maior do que a estimativa divulgada no relatório anterior.
A estimativa é do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento divulgada nesta quinta (25) no relatório mensal da safra de grãos. A área cultivada é de praticamente 10 milhões de hectares.
De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o número total é apenas 2% menor do que o recorde histórico do Paraná, que foi de 41,67 milhões de toneladas na safra 2016/2017.
As primeiras lavouras colhidas estão com um bom rendimento. Os índices mostram que talvez a redução de safra esperada por conta da longa estiagem no Paraná não seja tão grave, ainda que seja uma perda considerável.
TRIGO
Além disso, o Paraná teve um reajuste positivo na área de trigo, antes estimada em 1,09 milhão de hectares. Isso leva a estimativa de produção para 3,7 milhões de toneladas, 72% a mais que a safra 2018/2019.
Conforme o chefe do Deral, Salatiel Turra, de maneira geral, os cereais de inverno registram um crescimento de área de 9% e uma produção estimada 63% superior à safra 2018/2019. Assim, com relação às demais culturas, o relatório do Deral consolida a perda de qualidade e produção de feijão da segunda safra devido à estiagem e às altas temperaturas. Mas a colheita evoluiu bem e está praticamente encerrada.
Mesmo num quadro de dificuldades, o relatório mensal sinaliza uma safra boa no Paraná. O secretário destaca que a maior parte das culturas tem bons preços e fluiu rapidamente. Nesse sentido, o destaque fica por conta da soja, que teve sucessivos recordes de embarque nos últimos meses.
Agora caminhamos para a consolidação dos números, esperando fechar a colheita do milho de segunda safra e o avanço do plantio das lavouras de cereais de inverno para, em julho, começar a pensar na safra 20/21, que teve um bom Plano Safra divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
De acordo com o Deral, até agora, 42% da área foi colhida, índice apenas 2,5% menor do que no ano passado. Na última semana, a tonelada foi comercializada por R$ 337,00. Comparado com maio do ano passado, o preço é 4% maior.
Por fim, a área está estimada em 141 mil hectares, 4% superior à da safra 2018/2019, e a produção em 3,1 milhões de toneladas.
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