Vagas reservadas, sinalização adaptada e rampas de acesso são apenas alguns dos exemplo do que é conhecido como acessibilidade. Este, é um direito fundamental das pessoas com deficiência, seja ela temporária ou permanente. Assim, como aponta o Ministério do Turismo, “é essencial que a pessoa seja bem recebida, bem atendida e consiga chegar em qualquer destino escolhido”. Entretanto, em Guarapuava o cenário não está apresentando essas características em todos os pontos turísticos, como no caso enfrentado pelo guarapuavano Marcos Anselmo.
Ele é pai de um menino cadeirante, que ama desvendar locais do turismo do município. No entanto, encontra dificuldades, como as apresentadas em um passeio pelo Salto São Francisco. De acordo com o pai, muitos amigos da família não conseguiram ir até as cachoeiras pela falta de acessibilidade. Como mostra o vídeo enviado por ele.
A trilha inicial tem um ótimo espaço, conseguimos passar com um cadeirante tranquilamente. Mas depois da metade do caminho começa a dificuldade. São muitas árvores juntas, falta de espaço, escadarias, troncos e também quando chegamos perto da cachoeira é uma dificuldade enorme, não tem acesso.
Segundo Marcos, outros pontos no Centro da cidade onde o comércio fica localizado, não passam pela mesma falta de inclusão. Entretanto, é preciso pensar com cuidado no lazer dessas pessoas, que precisam de acessibilidade para poder se divertir ao lado da família e amigos. “O Olho D’água São João Maria na Cidade dos Lagos também foi feito com escadarias. Poderiam ter feito uma rampa, que facilitasse o acesso dos idosos também. Eu vejo que falta pensar nisso, pois a inclusão precisa estar em todos os setores”.
O filho de Marcos tem 14 anos, e participa de corrida de rua com triciclo e por isso a família já tem o costume de carregar o menino encarando as dificuldades de locomoção. Mas, isso não muda o fato de que é preciso pensar no próximo e naqueles que não podem ser carregados ou não têm outro meio de chegar a locais turísticos. “Eu e minha esposa já fizemos trilha com ele nas costas, mas é muito cansativo. Precisamos pensar na inclusão de todos, abrir essa possibilidade para as pessoas”.
POSICIONAMENTO DO SETOR
Conforme o diretor de Turismo, Marcio de Sequeira, as novas instalações do Parque São Francisco têm algumas acessibilidades como sanitário exclusivo, rampas para acesso ao sanitário, vagas exclusivas no estacionamento e na capelinha ecumênica do parque, corrimãos de apoio em algumas rampas e também acesso de veículos ao mirante principal.
“Porém já foi feito um novo projeto que vai melhorar e ampliar bastante toda a acessibilidade na sede do parque, recepção e também no mirante. Mas está tudo em projeto ainda. Estamos buscando recursos para as obras. Então, não iniciou ainda essa ampla reforma, por isso é temerário anunciar algo que ainda não está garantido”.
De acordo com a coordenadora-geral de Turismo Sustentável do Ministério do Turismo, Isabel Barnasque, a pessoa com qualquer deficiência é um turista e deve procurar os direitos e facilidades na hora de passear pela cidade onde mora ou viajar. “O Guia Turismo Acessível, do Ministério do Turismo, oferece dicas importantes para o viajante em condições especiais e promove o intercâmbio de informações sobre estrutura e estabelecimentos turísticos com acessibilidade entre viajantes de todo o Brasil. No site colaborativo os internautas podem avaliar a acessibilidade de hotéis, restaurantes e atrações diversas”.
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