A história relata que no dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I, às margens do riacho Ipiranga, proclamou a independência do Brasil, rompendo relações com Portugal. A cena foi imortalizada na pintura de Pedro Américo, sessenta e seis anos depois.
A data de 7 de setembro foi oficializada como o Dia da Pátria pelo Decreto n° 7 de 20 de novembro de 1934.
A lei no 5571 de 28 de novembro de 1969, denominou a data como Dia da Independência, e definiu as normas para sua comemoração. Entre as atividades previstas, a lei cita “festas e espetáculos públicos, preferentemente de cunho folclórico”.
Mas a lei não diz nada sobre o desfile, pelo qual a data é conhecida e lembrada, inclusive no exterior, onde vários países comemoram o Brazilian Day.
O desfile é tão marcante que todo mundo lembra de ter participado de um quando criança. Era o dia em que toda a escola se mobilizava para a comemoração. Ainda hoje, o desfile de 7 de setembro é o principal evento do dia da independência.
Dr. Antenor, pré-candidato a prefeito pela coligação PT-MDB, recorda que, quando estudava no Colégio São José, participava da fanfarra. Mais tarde, já no Colégio Carneiro Martins, fazia parte do grupo de atletas da escola. Lembra que os atletas desfilavam com um agasalho de lã azul, muito quente. “A gente desfilava suando, mas orgulhoso, porque éramos atletas. Desfilávamos com alegria. Acordávamos cedo, felizes, no dia do desfile. Desfilar, para o imaginário da criança, é uma coisa fantástica”.
João Nieckars, pré-candidato a vice-prefeito pela coligação, estudava no Colégio Manoel Ribas. Ele guarda na memória os ensaios para o desfile, que começavam um mês antes da data. Recorda que as aulas encerravam mais cedo, e alunos e alunas se reuniam no pátio da escola, uniformizados e em fila, para ensaiar. Dali, saíam e rodavam as quadras próximas, com a banda marcando o passo. João lembra com carinho da união que os ensaios e o desfile propiciavam: “Era um momento em que todas as salas se integravam. Os blocos eram organizados pela altura dos alunos, então, misturava tudo, independente da sala, do ano em que estava. Diurno, noturno. Era muito legal. Todo mundo acabava se conhecendo”.
É este espírito de união que anima os dois pré-candidatos neste Dia da Independência, congregados em torno de uma causa comum: fazer de Guarapuava uma cidade independente do coronelismo que governa o município há anos. Desde a redemocratização, que trouxe de volta as eleições diretas em 1989, Guarapuava foi governada apenas por quatro prefeitos. É este revezamento na ocupação do cargo entre as tradicionais famílias da cidade que precisa ser quebrado. Quanto a isso, João Nieckars é enfático:
As famílias políticas de Guarapuava funcionam coma uma roda, onde ora uma está em cima, ora outra, e o povo permanece embaixo, sendo esmagado!
Dr. Antenor e João Nieckars defendem que a administração pública não deve ser uma capitania hereditária, mas um serviço em prol da população, exercido com transparência e dignidade. E desejam que este 7 de setembro seja uma data para a celebração da liberdade e o marco do início de uma nova história na política guarapuavana.
*Texto: Assessoria
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