22/08/2023
Educação

Divulgação do gabarito do Enem foi barrada pela Justiça

Os estudantes que prestaram as provas  do Exame Nacional de Ensino Mèdio (Enem) terão que esperar para ter acesso aos gabaritos. A Justiça Federal do Ceará informou, na tarde desta terça-feira (9), que a divulgação do gabarito, que aconteceria nesta terça-feira (9), está proibida. De acordo com  a assessoria de comunicação da Justiça Federal cearense, a juíza Karla de Almeida Miranda Maia ratificou a decisão divulgada na segunda-feira (8), que acarretou na suspensão das provas realizadas no último fim de semana.
Uma nota divulgada pela assessoria diz que "a liminar já havia deixado evidente que o Exame Nacional do Ensino Médio encontra-se suspenso, incluindo, obviamente, a divulgação de gabaritos e recebimento de recursos".

A Rede Sul de Notícias entrou em contato com o Ministério da Educação, mas não houve nenehum pronunciamento oficial sobre o assunto.

O impasse está sendo patrocinado por erros de impressão na folha de respostas e na prova amarela (todas as provas são iguais, mas as cores diferenciam a ordem das questões). A falha foi admitida pelo MEC.

O Enem foi aplicado no final de semana, dias 6 e 7. Em Guarapuava, 3,8 mil estudantes estavam inscritos.

O MEC anunciou que vai abrir uma página na internet, nesta quarta-feira (10), para receber reclamações de estudantes prejudicados com o problema da folha de respostas. De acordo com o MEC, os inscritos podem pedir a correção invertida da prova. O ministério também levantou apossibilidade de fazer uma nova prova para os alunos que tiveram  problemas com a prova amarela
A juíza Karla de Almeida Miranda Maia, entretanto, entendeu que a nova prova pode beneficiar alguns estudantes. "A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz um trecho da liminar.

Cristina Esteche

Jornalista

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