O Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde do Paraná registrou um aumento de 3,1% de prisões por crimes ligados à fauna silvestre no primeiro semestre deste ano. Assim, devido a operações policiais, denúncias e flagrantes, os números passaram de 224 para 231 prisões.
O balanço traz ainda aumento nas apreensões de mamíferos (7,3%), em comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, as apreensões de répteis e aves caíram 54,3% e 3,4%, respectivamente. Já as multas administrativas aplicadas em função de crimes referentes à fauna, passaram de R$ 1,9 milhão no mesmo período.
De acordo com o comandante do batalhão, tenente-coronel, Adilson Luiz Correia dos Santos, a Polícia Ambiental está preparada para combater crimes ligados à fauna silvestre.
O BPAmb-FV é uma unidade especializada no combate a crimes ambientais, relacionados a recursos hídricos, fauna e flora do Paraná, e desencadeamos rotineiramente ações para coibir a caça, o cativeiro ilegal de animais silvestres e outros crimes relacionados.
DURANTE A PANDEMIA
Assim, com o cenário de pandemia, o Batalhão de Polícia Ambiental readequou as ações ostensivas, mesmo com os parques estaduais fechados. Contudo, o trabalho dos policiais militares prosseguiu com fiscalizações, atendimento de denúncias, patrulhamento a pé e motorizado.
Portanto, em todas as situações criminosas, além do encaminhamento do infrator e do resgate do animal silvestre, há também multas administrativas com base na legislação ambiental. Nos primeiros seis meses deste ano, o batalhão aplicou R$ 1.920.140 em autos de infração. Assim sendo, um montante um pouco acima do mesmo período do ano anterior, quando o valor atingiu R$ 1.998.949.
Dessa forma, ao longo dos seis primeiros meses do ano, a unidade desencadeou operações com cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão para localizar pontos de prática de caça ilegal. Também foram descobertas rinhas de galo em que havia centenas de aves feridas por conta dos duelos. Além disso, na Região dos Campos Gerais, uma operação em Sengés e Jaguariaíva resultou na prisão de sete pessoas. Ainda, na apreensão de 14 armas de fogo devido ao envolvimento com a caça ilegal.
Além disso, em outras ações, a Polícia Ambiental do Paraná resgatou animais silvestres que saíram do habitat natural e foram parar em grandes centros urbanos. Um dos exemplos, é quando ocorreu uma situação em Foz do Iguaçu em abril. Uma equipe da 5ª Companhia encontrou um lobo guará em um banheiro do Sest/Senat. Dessa forma, o animal sedado voltou para a natureza depois de passar pelo Corredor Ecológico de Biodiversidade RPPN Santa Maria, em Santa Terezinha do Itaipu.
PENALIZAÇÃO
A penalização para quem comete crimes como manter em cativeiro, caça, transporte ou perseguição de animal silvestre, pode variar de seis meses a um ano de prisão. Conforme o tenente-coronel Adilson, o crime de maus-tratos se enquadra a qualquer tipo de animal, cuja pena varia entre três meses e um ano de prisão, além de multas criminal e administrativa.
PROTEÇÃO
O tenente-coronel Adilson alerta que ter qualquer animal exótico – não original da fauna brasileira – em casa, requer diversos cuidados e procedimentos, sob pena de multa e prisão para quem não cumpri-los. É necessário tempo, espaço adequado e recursos financeiros para manter o animal com saúde.
Animais exóticos só podem ser adquiridos em estabelecimentos ou criadouros que estejam legalizados junto ao Ibama. Na dúvida, as pessoas devem fazer contato com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente.
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