Existe um colégio em Guarapuava, o qual guardo no coração e na mente. No coração, porque passei excelentes dias por lá. Na mente, porque a lembrança dos colegas, dos professores, se mantém viva ao longo do tempo. Trato aqui do Colégio Tupy Pinheiro, ali na Avenida Moacir Silvestri. Fica em frente à Igreja Santa Terezinha, em Guarapuava. Hoje bem pertinho da casa da minha mãe.
Assim como eu, também meus irmãos estudaram no Tupy. E para minha surpresa quando meu primeiro neto, Lorenzo, precisou trocar de escola, para onde ele foi? O fato do Lorenzo, que é especial, estudar no Tupy, não foi por escolha inicial nossa. Mas por sugestão do prefeito Cesar Filho. Afinal, trata-se de uma escola preparada para a inclusão.
E não foi engano. Nunca o Lolo se sentiu tão feliz numa espaço escolar. E por coincidência ele estuda na mesma sala onde meu irmão Paulo estudou.
Entretanto, uma ameaça paira sobre o Tupy. O Núcleo Regional de Educação prevê a fusão deste com o Ceebja. Assim, o prejuízo para os alunos é certo.
OS FATOS
Pois bem. Vamos aos fatos. De acordo com levantamento feito pela vereadora Professora Terezinha, o Ceebja possui 418 alunos. Eles estão divididos em 20 salas de aulas. Se prevalecer a ideia da fusão, estes serão ‘empilhados’ em 10 salas. Entretanto, ao perder esse espaço o Tupy verá a redução de duas turmas. Ou seja, isso significa menos vagas para os estudantes.
Além disso, projetos de arte, aulas de reforço, de Libras, e outras de contra-turno serão extintas.
Entretanto, como se não bastasse tudo isso, as verbas das duas escolas serão reduzidas. Assim, funcionários ficarão desempregados, já que haverá redução no número de alunos. Entretanto, outro absurdo se refere ao compartilhamento.
Da biblioteca, laboratório de informática, refeitório, cozinha e banheiros. E tem mais. Essa fusão também trata insegurança aos alunos do Tupy. É que o acesso à escola será pela avenida. Movimentada, essa via oferecerá perigo aos estudantes. Entretanto, a proposta provocou a reação da comunidade estudantil das duas escolas. Uma carreata já deu o recado e mobilizou vereadores a partir da professora Terezinha.
QUAL SERÁ O FUTURO?
Entretanto, até o futuro das duas escolas me parece incerto. Todavia, para o Lorenzo a lembrança de dias felizes marcarão a memória. Afinal, neste ano, ele vence mais uma etapa dos desafios. A limitação motora não o impede de concluir mais uma fase dos estudos. Afinal, cercado pelo carinho de todos, assim como eu e meus irmãos, o Lolo conclui a nona série. E ao deixar a escola levará os bons momentos ‘tatuados’ em lembranças.
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