22/08/2023


Agronegócio Paraná

Estudantes de colégio agrícola criam minifoguete para reflorestamento

O projeto surgiu por meio de um programa de inclusão feminina organizado pelo Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo, de Palotina

FOGUETE (1)

Estudantes de colégio agrícola criam minifoguete para reflorestamento (Foto: Divulgação)

O projeto de três alunas do Ensino Médio de uma escola na Região Oeste do Paraná ganhou destaque. As estudantes do 1º ano desenvolveram minifoguetes de PVC. Assim, o protótipo é capaz de reflorestar áreas desmatadas a baixíssimo custo. O projeto é semifinalista do Prêmio Respostas para o Amanhã. Estephany Cristine da Silva Alves, Marina Grokorriski e Kawany Caroline Duarte da Rocha desenvolveram a ideia.

O prêmio é uma iniciativa global da Samsung que desafia alunos e professores da rede pública de ensino de todo o país a desenvolverem soluções para problemas locais. Assim, utilizando de experimentação científica e tecnológica por meio da abordagem STEM. Essa é uma sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Esse protótipo surgiu por meio de um programa de inclusão feminina organizado pelo Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo, de Palotina. De acordo com as alunas, a motivação veio de um desastre ambiental local. Na Região de Altônia, em 2019, um incêndio queimou 68% do total de uma área de preservação ambiental, chamado Ilha Grande.

A partir desse diagnóstico, o foco do trabalho do professor Emmanuel Zullo Godinho e das estudantes passou a ser a criação de uma ferramenta de semear para uma Região com condições financeiras desafiadoras.

Portanto, nossa primeira preocupação foi trabalhar com meninas, para inclusão de mulheres em novos projetos e ajudar a acabar com a desigualdade. Uma queimada de 78 mil hectares de uma reserva ambiental no Oeste do Paraná no ano passado, afetando fauna e flora, nos motivou a ajudar nesse complicado processo de reflorestamento, já que na área não podem entrar nem plantadeiras nem pessoas. Desse modo surgiu, então, a ideia de usar minifoguetes.

Os materiais utilizados nos minifoguetes e para os lançamentos são de simples aquisição: cola, lixa, parafuso de rosca, um cano de PVC de 25 centímetros, duas arruelas de 32 milímetros, um redutor de cano 20×25. Bem como suporte e soquete opcionais, bicarbonato de sódio, fita de vedação, uma moeda de R$ 0,25, tampão de 25×32, funil, mangueira e ignitor pirotécnico. Além disso, uma pilha de 9 volts, base para soltura e extensão elétrica.

(Foto: Divulgação)

O projeto busca levar sementes de pitanga (por ser uma fruta, tem potencial para atrair animais). Além disso, sementes de ipê (árvore de fácil germinação e capaz de criar um microclima ideal para o desenvolvimento de outras plantas) para os ambientes.

Nosso protótipo é de PVC, eficiente na emissão das sementes. Assim, cada minifoguete promove uma espécie de chuva de sementes: sobe até 300 metros de altura, se desencaixa e a peça com as sementes desce como se fosse um paraquedas, espalhando as sementes. O projeto é de baixíssimo custo. Calculamos que cada lançamento custe R﹩ 50. Na nossa estimativa, com o projeto, seria possível reflorestar uma área de 284 m² por R﹩ 450.

Assim, na sétima edição, o Prêmio Respostas para o Amanhã mobilizou 1.749 estudantes, 997 professores e 303 escolas públicas de diferentes cidades e estados do País.

PRÓXIMA FASE

Entre março e agosto, professores das áreas de Ciências da Natureza e da Matemática e suas Tecnologias puderam inscrever equipes compostas de três a cinco estudantes da mesma classe do Ensino Médio. O prêmio vai anunciar em outubro os 10 finalistas que receberão mentoria on-line para o desenvolvimento dos protótipos.

Em novembro os vencedores nacionais e por júri popular serão conhecidos. Para mais informações, acesse o site ou baixe o aplicativo do Respostas para o Amanhã.

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Antunes

Jornalista

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