Em obras há mais de 20 anos, as obras de conclusão da nova catedral de Nossa Senhora de Belém foram retomadas, com a posse do Dom Amilton Manoel da Silva. Mas uma diocese não pode ter duas catedrais. Assim, conforme a assessoria de imprensa da diocese, a antiga igreja se transformará em um belo santuário. De acordo com o pároco da catedral, padre Jean Patrik Soares, a diocese logo vai enviar a documentação ao Vaticano.
Por determinação do Dom Amilton, o pároco Jean vai estar a frente do processo. Dessa maneira, ele reunirá a documentação necessária para que a nova igreja passe ao posto de catedral. Neste ínterim, a igreja antiga, carinhosamente chamada pelos fiéis de “Catedral Velha”, será transformada em santuário. Os dois processos, tanto o de transformar a antiga igreja em santuário como o de elevar a nova à catedral, são lentos e demandam estudos e dedicação.
O padre Jean Patrik falou sobre a transferência da catedral para a nova igreja. E deu detalhes desse caminho transformador para toda a comunidade católica que pertente à diocese.
Estamos no início deste projeto. Este momento ia chegar em algum período. E agora, Dom Amilton, se interessou pelos trabalhos, pelo projeto e encabeça o processo para que logo, este [processo] seja realizado em relação à transferência. O que também é uma grande mudança para toda a nossa comunidade.
PROCESSO
Conforme o pároco da catedral, primeiramente, ele vai encaminhar a documentação ao monsenhor Antônio Ailson Aurélio, que é da diocese de Guarapuava e que atua no Vaticano como Oficial da Congregação para os Bispos. Dessa maneira, para que o processo siga todos os trâmites necessários. De acordo com o Padre Jean, o processo é muito necessário para que a mudança seja feita.
Não existe uma diocese que tenha duas catedrais. Sabemos, portanto, de alguns casos, onde existe uma ‘concatedral’, como é o caso de Francisco Beltrão, onde a diocese pertence a duas cidades (Palmas e Francisco Beltrão). No entanto, no mesmo território, isso não pode ocorrer. Deve haver apenas uma catedral, pois o nome já diz que catedral é a sede da diocese, onde está a cátedra do bispo, ou seja, sua cadeira. No momento, esta cadeira está na igreja menor. Mas ela passará para a igreja maior, depois dos trâmites.
DEPOIS DA MUDANÇA
Conforme o padre Jean, depois do processo de mudança, para que o santuário seja feito, haverá também um processo que requer documentações e muito trabalho. “Todos nós temos um carinho, um afeto para com a catedral antiga. Ela é uma igreja menor, mais aconchegante, tem uma beleza arquitetônica e artística únicas. Então, é muito sentimento que está ali, presente naquela igreja. Isto é interessante, porque quando o sagrado é bem-feito, você nem precisa falar muito, pois a catedral fala com você. Lá, você se comunica com a arte, com a fé.”
Há toda uma espiritualidade para manter e preservar. Nós continuaremos usando a catedral antiga para celebrações menores, no sentido de número de pessoas, no dia a dia. Depois dessa transferência, a antiga igreja será transformada em um santuário. Este é o projeto que Dom Amilton retomou agora, mas que já vem de vários anos. Pelos documentos e, em conversa com o padre Bessa (ex-pároco que deu início às obras da nova igreja), tomamos conhecimento de que já havia esta intenção.
PREVISÃO
Ainda não há uma previsão de quando as mudanças serão, definitivamente, concretizadas. De acordo com Dom Amilton, com a transferência da catedral para a nova igreja, haverá todo um processo de adequação e preparação daquele espaço, para que este seja considerado um santuário. A participação da comunidade com orações e ações, conforme o bispo, é de fundamental importância.
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