Guarapuava registra 60 casos de HIV positivos, diz Epidemeologia

O número de portadores de HIV positivo cresceu em Guiarapuava neste ano. São 60 casos comprovados contra 47 detectados em 2009. O número, porém, está dentro da normalidade, considerando o aumento de exames procedidos. Se em 2009 3,6 mil exames foram realizados, neste ano a estatística feita pelo Departamento de Vigilância Epidemeológica mostra que 4,2 mil pessoas fizeram o teste.

"Hoje, Guarapuava detem três quartos do casos da região, mas fez muito do que essa fração de exames", observa o médico Fernando Pedroti (foto), chefe do Departamento de Epidemeologia de Guarapuava.

Hoje o comabte à doença não trabalha mais com grupos específicos. "Todas as pessoas são vulneráveis à doença, mas sabemos que há faixas etárias que sofrem mais riscos", observa Pedroti. Uma delas enquadra as pessoas da terceira idade a partir dos medicamentos para o funcionamento da disfunção erétil. Por uma questão cultural típica dessa faixa etária o uso de preservativo é deixado de lado o que proprociona maior possibilidade contrair ou de transmitir o vírus. Segundo Pedroti, outro fator que contribui para o descuido na hora do ato sexual é que a Aids, teoricamente, no entendimento das pessoas, deixou de ser uma doença fatal para ser uma mal crônico tratável. "Muito pelo contrário. A Aids continua sendo uma doença que provoca a morte, que reduz a qualidade de vida durante o tratamento que não acaba, e que provoca efeitos colaterais. Imagine uma pessoa ter que ingerir 25 cápsulas diárias sem a perspectiva de parar o tratamento", diz o médico.

Para reforçar as políticas de prevenção e de conscientização que são diárias, uma caminhada pela Calçadão da Rua XV de Novembro foi realizada na manhã desta quarta-feira (1).

"As nossas intervenções são diárias com palestras em empresas, em escolas. Também oferecemos testes gratuitos e rápidos que são realizados de segunda a sexta-feira com um resultado preliminar que fica pronto em 15 minutos", informa. Um aconselhamento pré e pós exame é indispensável, segundo o médico.

"É preciso preparar a pessoa para receber o resultado, no caso de ser positivo, pois as reações são as mais diversas possiveis. Por isso, não fazemos exames aos sábados. Evitamos que a pessoa fique isolada no final de semana", diz.

As ações da Saúde também atingem os presos da Cadeia Pública de Guarapuava. "A situação lá causa preocupação", afirma Pedroti, embora não possua uma estatística que aponte quantas pessoas estão infectadas.