22/08/2023
Cotidiano

Servidores vão continuar sem reposição salarial

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Os servidores públicos municipais vão fechar o ano sem qualquer índice de reposição salarial, cujas perdas já somam mais de 40%. Os prejuízos também são computados pelos professores que atuam nas escolas municipais. A revisão do Plano de Cargos e Salários da categoria emperrou. Há meses, após as paralisações dos professores, houve um acordo entre o prefeito e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISPPMUG), de que o plano seria revisado. Uma comissão da Prefeitura foi indicada e algumas reuniões com representantes do Sindicato foram realizadas.
“Todos os artigos foram revisados, mas quando chegamos na tabela de custos a comissão da Prefeitura disse que não tem autonomia para tratar do assunto e parou por aí”, disse a tesoureira do Sisppmug, Cristtiane Wainer.
Para dar continuidade as essas questões, o Sindicato pediu um encontro com vereadores. Na reunião realizada na quarta-feira (1), pela manhã, na Câmara Municipal, com a presença de representantes de escolas do município, a presidente do Sindicato Clair Simões (foto) conversou com os sete vereadores presentes, de que o remanejamento de verbas autorizada antecipadamente e de forma generalizada ao prefeito, retira recursos dos 40% previstos para a educação para o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Clair também observou que a resistência de Carli em conceder reposição salarial aos servidores é meramente política, já que, segundo a prestação de contas feita pela Secretaria Municipal de Finanças referente ao último quadrimestre do ano, mostra que 38% do tesouro municipal é gasto com o folha de pagamento. “Portanto, há uma margem financeira capaz de suprir a reposição sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Clair.
Após conversa com vereadores, Carli disse que não concederá a reposição.

Cristina Esteche

Jornalista

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