O governo do Estado fez um balanço das obras das marginais da PR-466 em Pitanga. Conforme a avaliação, em novembro o serviço atingiu 65% dos acessos ao complexo de indústrias. As obras custarão 12,4 milhões e darão mais segurança a cerca de mil trabalhadores das indústrias.
De acordo com o Governo, as marginais vão separar o trânsito urbano das conexões dos caminhões de carga e dos ônibus dos funcionários. Conforme disse o prefeito Maicol Callegari, mais de 20 empresas já estão instaladas em dois parques industriais na Região. Elas trabalham com artefatos de concreto, reciclagem, transporte de cargas pesadas, incluindo também o mercado de veículos (oficinas, empresas de molas, retíficas e postos de gasolina) e carnes e grãos (abatedouros e agropecuárias cerealistas).
“Tínhamos esse parque industrial com dificuldade de acesso, problemas para escoar a produção. A obra aumenta a segurança do transporte em uma Região que tem histórico de acidentes”. De acordo com o prefeito, trata-se também de oportunidades para novas empresas se instalarem.
“É uma visão otimista do futuro. Mesmo sem obras já houve atração com essa expectativa de crescimento”. Assim, a obra será importante para atender uma reivindicação antiga do município. Trata-se de uma Região com alto índice de violência no trânsito. Isso porque os atuais trevos são primários e não comportam o excedente de tráfego.
Todavia, a intervenção também ajudará Pitanga a acelerar a resolução de um gargalo social. O município está inserido em um contexto de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) deficitário em relação ao Paraná.
REGIÃO DE BAIXO IDH
Conforme informou o prefeito, na Região, 30% da população depende do Bolsa Família. Entretanto, outros 60% das famílias têm Cadastro Único. Em Pitanga os índices são de 24% e 56%, respectivamente. “É um município com renda per capita baixa, que depende de mais investimentos para conseguir avançar mais rapidamente. São oito mil pessoas que vivem ancoradas em programas sociais. Os jovens vão embora e a cidade começa a envelhecer. Com novas empresas conseguimos reverter essa realidade”.
De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pitanga, Adair Hey, a obra possibilita crescimento econômico para um município que precisa muito atrair novas indústrias. “Pitanga é uma das maiores bacias leiteiras do Estado, mas ainda falta alavancar o progresso, dar um salto, acelerar a agroindustrialização e a diversificação. Com infraestrutura os empresários têm mais confiança para investir”.
COJUNTO DE OBRAS
Conforme o projeto, a obra envolve pavimentação, drenagem com sarjeta no canteiro central, calçadas com piso tátil. É composta também por ciclovias, meios-fios, abrigos de ônibus, defensas metálicas. Além de sinalização vertical e horizontal. E ainda quatro interseções em nível ao longo de 4,2 quilômetros. Todavia, ao todo, com as duas margens, serão 8,4 quilômetros de novas pistas. As entrega das intervenções está prevista para junho de 2021.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Governo tem um olhar diferenciado para a infraestrutura. “Estamos promovendo esses acessos como forma de facilitar o trânsito em Pitanga e melhorar o escoamento da PR-466. Esse é o ramal entre Campo Mourão e Guarapuava, uma conexão importante da Região central”.
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