O presidente Jair Bolsonaro começou a quarta (6) afirmando algo que não deixou os brasileiros muito contentes. De acordo com ele, o Ministério da Saúde suspendeu a compra de seringa até que os preços ‘voltem à normalidade’. Bolsonaro também disse que estados e municípios têm estoques de seringas suficientes para o início da vacinação contra a covid-19. Entretanto, sequer há uma data de início para as vacinações ou um cronograma prévio.
Na semana passada, uma licitação feita pelo Ministério da Saúde para comprar seringas e agulhas fracassou. A pasta só conseguiu garantir 7,9 milhões de unidades enquanto buscava adquirir 331,2 milhões. As empresas reclamaram que os preços pagos pelo governo estavam abaixo dos praticados no mercado.
No Facebook, como é costume de Bolsonaro esclarecer e anunciar nas redes sociais, o presidente disse que os preços dispararam.
Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade. Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande.
Depois do fracasso, o Ministério da Saúde afirmou, em nota, que faria ‘novos certames’ para buscar os materiais. Além disso, que o pregão no qual não conseguiu fazer a compra seria apenas a ‘primeira parte’ da negociação. “O resultado não é final e sim da primeira parte, por isso terão novos certames, outros pregões, como previsto em Lei”.
Além disso, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia passou a exigir, desde 1º de janeiro, uma licença especial para autorizar a exportação de agulhas e seringas. Desse modo, deixando o processo de liberação das mercadorias mais lento que o normal.
Em paralelo, o governo deve zerar o imposto de importação de agulhas e seringas. O pedido foi feito pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. Hoje, o imposto é de 16%.
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