Um item utilizado diariamente pelos brasileiros é o gás de cozinha e ele começou o ano trazendo notícias que podem não agradar. Isso porque, a partir de ontem (7) o gás passou pelo reajuste de 6% e ficou mais caro. Desse modo, o valor praticado pela Petrobras seria de R$ 35,98 por 13 quilos, valor que não é o mesmo a ser repassado para os consumidores.
Entretanto, ao entrar em contato com empresas de venda de gás de cozinha em Guarapuava, o Portal RSN foi informado que o reajuste ainda não chegou à Guarapuava. De acordo com as informações, o preço segue o mesmo, mas isso não quer dizer que nos próximos dias as empresas não decidam pela mudança. É o famoso aguardar para ver, ou sentir no bolso.
Segundo uma das empresas, hoje (8) o valor do gás de cozinha para entrega é R$ 89,90 e para retirada R$ 85. Com o aumento o valor subiria para R$ 95,29 chegando ainda mais próximo dos R$ 100 e dificultando a vida das famílias menos favorecidas economicamente. Para retirada, o valor subiria para R$ 90, ou seja, excluindo os R$ 5 de frete.
Todavia, é necessário levar em consideração os dados divulgados pelo Governo Federal. De acordo com as informações, se considerados os dados de outubro de 2019, 7281 famílias vivem com renda formal média em Guarapuava. Ou seja, até meio salário mínimo por membro da família. Além disso, existem outras 7.500 famílias com renda menor ainda, que vivem com cerca de R$ 178 por pessoa durante um mês inteiro.
Desse modo, cada pessoa dessa família teria pouco mais que R$ 44 para gastar por semana. Se o valor for dividido por dias da semana e levar em consideração que seria o dinheiro para se alimentar, essas pessoas teriam R$ 6 por dia para comprar alimento. Sendo assim, teriam que escolher entre ter gás de cozinha ou colocar comida na mesa.
Mas, é preciso entender que algumas pessoas vivem com menos dinheiro ainda e estão em condição de pobreza extrema. Cerca de 4.400 famílias têm apenas R$ 89 por mês por pessoa. Então, alguém teria que deixar de comprar alimentos para poder pagar pelo gás que cozinha a comida dos outros membros.
O AUMENTO NO VALOR
A Petrobras justificou em nota dizendo que desde dezembro de 2019 segue igualando os preços de GLP para os segmentos residencial e industrial/comercial, e que o produto é vendido às distribuidoras a granel. Também afirmou que as distribuidoras são as responsáveis pelos diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final.
Além disso, ressaltou que os preços têm como referência o valor da importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional. Isso somado aos custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento, também sendo influenciado pela taxa de câmbio.
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