Funcionários do Banco do Brasil em Guarapuava se juntam a outros em nível nacional e protestam nesta sexta (15). De acordo com o Sindicato dos Bancários, eles são contra plano de o fechamento de agências e outras unidades. Assim como o Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar cinco mil trabalhadores do banco.
Conforme o assessor jurídico do Sindicato em Guarapuava, Everaldo Ribeiro, a manifestação estará concentrada na Agência do Lago, que vai ser extinta, segundo o plano de reestruturação. De acordo com o Sindicato, os trabalhadores vão vestir roupas pretas. Além disso, haverá paralisação entre às 11h e 11h30. Às 11h também haverá um ‘twittaço’. Nesse horário haverá a divulgação pela rede a hashtag #MeuBBvalemais .
Além dessa agência de Guarapuava, na base do Sindicato dos Bancários de Guarapuava, fecha também a agência de Laranjal. As agências de Cantagalo e de Rio Bonito do Iguaçu passarão para postos de atendimento.
De acordo com o Sindicato de Guarapuava, novas rodadas de negociações será feita. “Caso não sejam atendidas, estaremos tomando algumas medidas junto ao Ministério Público do Trabalho, ações judiciais. Além de dia de protestos nas agências do Banco do Brasil”. Conforme disse Ribeiro, as ações judiciais, serão mais voltadas à alteração unilateral do contrato de trabalho dos funcionários que o banco está fazendo. “Além dos fechamentos de agências, o Banco está alterando as funções dos funcionários”.
OS PROTESTOS
As manifestações estão sendo organizadas pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos. Assim, estão programadas reuniões nas agências, quando os funcionários vão discutir os impactos negativos do plano de reestruturação. Também será feito um diálogo com os clientes que procuram o atendimento no banco. Na ocasião será distribuída uma carta aberta à população.
De acordo com as entidades, nada justifica o desmonte do Banco do Brasil, uma instituição sólida e que, de 2016 a 1019, registrou crescimento, em termos nominais, de 122% no lucro líquido.
Conforme os sindicatos, no mesmo período, a receita de tarifas aumentou 22%, também em termos nominais. “Enquanto isso, a direção do banco reduziu o quadro de funcionários cada vez mais. De 2016 até o terceiro trimestre de 2020, o número de funcionários caiu de 109.864 para 92.106, uma redução relativa de 16%. No mesmo período, o número de agências foi reduzido de 5.428 para 4.370, uma redução de 19%. É o desmonte em andamento”.
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