A falta do diagnóstico precoce e o consequente trânsito de pessoas infectadas está sendo um inimigo no combate à doença. Para se ter uma ideia, o médico infectologista de Guarapuava, Alcides Mendes Botelho Filho indica que o grau de contágio do novo coronavírus é muito maior do que se imaginava.
“Uma única pessoa infectada pode transmitir o vírus a cinco ou seis pessoas. E, sem quarentena, o número de casos pode dobrar entre dois ou três dias”. E se o vírus transmitido for a variante que contagia no estado do Amazonas, essa contaminação pode atingir entre oito e 12 pessoas, segundo o médico.
Se levarmos em consideração aumento gradativo de casos e de mortes, a partir da aglomeração de pessoas, há um dilema. De acordo com o infectologista, uma das formas para reduzir essa curva sem causar um diagnóstico precoce. “O diagnóstico e o tratamento precoces da covid-19 se mostram, hoje, como o grande diferencial para a recuperação do doente. Além disso, o isolamento precoce vai impedir a transmissão do vírus”.
Entretanto, essa precocidade enfrenta um grande desafio. Conforme o infectologista, o número limitado de insumos impede que testes sejam feitos quando a pessoa sente os primeiros sintomas da doença.
O diagnóstico tardio faz com que uma pessoa infectada, sem que ela saiba, contagie outras pessoas.
De acordo com o infectologista que atua na UTI do Hospital São Vicente, é necessário também que esse diagnóstico seja resultado de exames com insumos da melhor qualidade. Conforme o médico, por ser um teste altamente eficiente para pacientes sintomáticos, o teste de antígeno é uma excelente opção diagnóstica para o paciente com suspeita da doença. Conforme o especialista, outra vantagem é custar menos que o exame de RT-PCR e por oferecer um resultado muito rápido. Assim sendo, o resultado demora, em média, 30 minutos para ficar pronto.
“Há empresas fornecedoras desses insumos. E o ideal seria que empresários se unissem, formassem um consórcio e comprassem o antígeno. Em grande quantidade o custo seria mais baixo. Seria disponibilizado à população em unidades de saúde. Seria mais uma ferramenta no combate à covid-19”.
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