22/08/2023


Fãs recordam banda Mamonas Assassinas após 25 anos do acidente

Mesmo aqueles que conheceram a banda após a morte dos integrantes já tiveram momentos embalados pelas letras dos artistas

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Fãs recordam banda Mamonas Assassinas após 25 anos do acidente(Foto: Reprodução/Pixabay)

*Reportagem com vídeo

Os Mamonas Assassinas foram os maiores heróis de carne e osso que o Brasil já tiveram. Heróis em cima do palco, onde tocavam sem reclamar até três vezes por noite. Heróis fora do palco, nas nossas casas, onde nos alegravam com suas canções bacanas e suas piadas debochadas.

Assim, o jornalista Ivan Finotti definiu a banda formada por Dinho, Bento Hinoto, Samuel Reoli, Sérgio Reoli e Júlio Rasec. Mamonas Assassinas movimentou o cenário musical brasileiro. Anteriormente conhecida como Utopia, a banda formada em Guarulhos em 1989, apresentava músicas que misturavam pop rock e gêneros populares no país como o sertanejo, o heavy metal, brega, pagode romântico, vira, forró e música mexicana. Hoje (2), faz 25 anos que um grave acidente de avião provocou a morte de todos os integrantes da banda.

O acidente ocorreu na Região da Serra da Cantareira em São Paulo, em 2 de março de 1996. Além dos músicos, o ajudante de palco Isaac Souto, o segurança Sérgio Saturnino Porto, o piloto e o copiloto da aeronave, Germano Martins e Alberto Yoshihumi Takeda, morreram com a queda da aeronave.

Assim, mesmo após a morte dos integrantes, o Mamonas Assassinas continuou conquistando fãs, que nem chegaram a ter oportunidade de ver um show dos músicos. Um deles é Gabriel Castro de 20 anos. Ele comenta que conheceu a banda pelo pai.

Ele era apaixonado, cresci ouvindo as músicas. Alguns diziam que não era som para criança, mas eu adorava a batida, o jeito cômico. Fiquei encantado! A partir disso, meu pai sempre me presenteou com discos e DVD.

Gabriel comenta que sempre volta a assistir o clássico DVD ‘Show Ao Vivo em Valinhos 1996’, que mostra uma apresentação do Mamonas Assassinas. Mas, o documentário lançado em 2011, será a opção de hoje, para relembrar a trajetória da banda. “Mamonas para Sempre é o meu documentário favorito. Eu assisto como se estivesse lá. Nasci anos após a morte e até antes da pandemia ouvia as músicas em festas e eventos de pessoas que também nasceram depois. É uma arte atemporal, marcou e vai marcar gerações. Eles vieram para mostrar que a criatividade marca vidas”.

(Foto: Reprodução/Pixabay)

Liliane Guimarães de 40 anos, recorda o momento em que a notícia começou a ser veiculada na televisão. “Eu tinha 15 anos na época, se passaram 25 anos. Eu me lembro perfeitamente, acordei com a notícia. Até hoje, nunca vi nenhuma banda que tivesse aquele estilo e irreverência. No início do isolamento social cheguei a pensar várias vezes que era deles uma live que eu queria assistir”.

Além disso, as músicas com letras polêmicas não saíam da cabeça dos adolescentes. De acordo com Liliane, ela se reunia com amigas para passar o dia ouvindo o som. O álbum, de mesmo nome da banda, lançado em 1995 é o primeiro a atingir 25 mil cópias vendidas em apenas um mês. Ele também embalou o casamento da fã.

Meu marido gosta do grupo, mas eu sou fã de verdade. No nosso casamento eu pedi que tocasse todas as músicas do álbum e isso ocorreu. As músicas embalaram boa parte da minha vida, porque gosto de diversão, alegria, gosto de brincadeira. Hoje é dia de recordar esses grandes artistas que mudaram a história da música brasileira.

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Antunes

Jornalista

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