O Brasil deverá atravessar o pior momento da pandemia nas próximas duas semanas. A previsão é do Ministério da Saúde. Conforme informações apuradas junto a cúpula do Ministério, a expectativa é que haja uma explosão de casos e mortes no período, com mais de 3 mil mortes por dia.
O diagnóstico leva em conta o alastramento do vírus em todo o país, impulsionado pelas aglomerações no fim do ano e no Carnaval; a dificuldade da população de manter-se em isolamento social; a circulação no país de novas variantes mais contagiosas e com grande carga viral; a iminência de um colapso do sistema hospitalar em diversos Estados ao mesmo tempo; e a falta de vacinas disponíveis para imunizar os brasileiros.
As atenções da pasta estão voltadas sobretudo para a Região Sul. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a ocupação de leitos de UTI tem estado próximo ou acima de 100% durante essa semana. No Paraná, onde o ministro Eduardo Pazuello esteve nessa quinta (4), a situação é gravíssima.
PARANÁ
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o Paraná está com 96% dos leitos de UTI e enfermarias ocupados. Em Cascavel, a situação é ainda pior. O Hospital de Retaguarda está fechado para novos atendimentos e opera em 100% da capacidade há vários dias.
Nessa quinta (4), o Paraná registrou 110 óbitos pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Paraná soma 661.791 casos e 11.993 mortes em decorrência da doença. Desde sábado (27), o Governo do Estado decretou medidas de restrição para abertura de estabelecimentos comerciais e circulação de pessoas.
Por fim, a expectativa nesta sexta (5) é o pronunciamento do Governo do Estado sobre a prorrogação ou não do lockdown no Paraná.
OUTROS ESTADOS
Os alertas também já dispararam em Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Entretanto, conforme a cúpula da Saúde entende, não há muito no momento o que fazer, a não ser estimular a reabertura de hospitais de campanha nos Estados.
Além disso, conforme as informações, as ações de fechamento e restrições à circulação de pessoas estão nas mãos dos Estados. O governo federal não vai decretar lockdown nacional, escorado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e também por acreditar que as decisões devem ser tomadas levando em critérios regionais. Por fim, a médio prazo, as projeções da equipe de Pazuello são mais otimistas.
(*Com informações do Valor Econômico)
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