Com a crise de saúde pública, decorrente da covid-19, a rede hospitalar está colapsando e a falta de leitos segue resultando em um aumento no número de mortes em domicílios. O medo de ir aos hospitais traz como reflexo o crescimento das mortes por doenças respiratórias e cardíacas aceleradas pelo coronavírus. Guarapuava completou um ano desde que a pandemia começou e apresenta número recorde desde o início da série histórica ‘Estatísticas do Registro Civil’ em 2003. Dessa maneira, são 1,3 mil mortos.
Os dados do ‘ano da pandemia’ estão disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e mortes registrados pelos Cartórios de Registro Civil do País.
REGISTROS
Em Guarapuava, o número de mortes registradas em cartórios no que foi considerado “ano da pandemia”, de março de 2020 a fevereiro de 2021, totalizou 1.375, 35 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003. Assim, em termos percentuais, significa um crescimento de 2,6% mortes em relação à média histórica. Em março deste ano, com o aumento gradativo das mortes pela infecção, o número deve bater novo recorde.
Conforme informações, a média sempre esteve na casa de 0,6%, totalizando dois pontos percentuais a mais no período. Além disso, na comparação em relação ao exato ano anterior da pandemia, março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 7,5% no número de falecimentos.
Já no Paraná, 81.533 mortes, um total de 14.500 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003. Desse modo, em termos percentuais, significa um crescimento de 21,63% em relação à média histórica. Essa que sempre esteve na casa de 1,5%, totalizando 20,04 pontos percentuais a mais no período. Na comparação em relação a março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 8,97% no número de falecimentos.
FEVEREIRO
O agravamento da pandemia no último mês, fez de fevereiro de 2021 o mês mais mortal da série histórica em Guarapuava. Desse modo, com um total de 122 óbitos registrados pelos cartórios no período, 30 óbitos a mais do que número já registrado no período. Portanto, o índice foi ainda maior, chegando a 24,6% a mais do que a média histórica dos meses de fevereiro desde 2003, sendo 23,7 pontos percentuais a mais em relação à média para o período. Na comparação com fevereiro de 2021, o crescimento foi de 31,1%.
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