22/08/2023


Economia

Desempregados buscam trabalho temporário em SC e RS

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Desempregado há cinco anos, o motorista Fortunado Ribeiro busca uma vaga para colher maçã em Santa Catarina pelo segundo ano consecutivo. Em busca do "ganha-pão" para os 4 filhos ele não se preocupa em deixar a família por três meses. "O que importa é ter dinheiro pra comprar a comida. Nãoa dianta ficar na cidade e não ter onde trabalhar", diz à RSN enquanto aguarda na fila a hora de ser chamado para a entrevista que está sendo feita nesta segunda-feira (10) na Agência do Trabalhador em Guarapuava.

Assim como "seo" Fortunato outros pais de famílias arriscam a sorte em busca de uma vaga. "Estou indo pra lá pela quarta vez", diz um senhor que não quis de identificar. "É muito bom. Dá pra tirar  mais de R$ 1 mil por mês entre o salário e as horas extras", intervém Sebastião de Lima que busca o emprego temporário pelo segundo ano seguido. Após 45 dias de trabalho os contratados tem direito a visitar a família por três dias. "Eles (empresa) nos trazem e nos levam de volta", diz Fortunato.

Uma vez selecionados, os trabalhadores não tem gasto nenhum. O transporte, o alojamento, a comida, tudo é cedido pela empresa contratante. E queme stá na fila vai sair de lá cpm o emprego garantido.

"Quem fizer o cadastro e comparecer para ser entrevistado tem a vaga garantida. Não há limite", garante o chefe da Agência do Trabalhador, Arion Dangui.

Neste ano, além de Santa Catarina, o Rio Grande do Sul também está contratando no Paraná. Lá o período de trabalho é maior: cinco meses, já que há a colheita de outras frutas.

Além da entrevista desta segunda-feira, acontecerão mais duas: uma delas na sexta-feira (14) e outra no final do mês. Na entrevista de hoje, 60 pessoas estão inscritas para o trabalho em Fraiburgo. Na semana passada, 40 trabalhadores foram contratados para a mesma cidade.  As entrevistas acontecerão até o dia 20.

Segundo Arion, as empresas contratantes não dizem porque vem em busca da mão-de-obra no Paraná. "Essa contratação já é tradicional, mas as empresas não abrem o motivo. Talvez seja porque não há mão-de-obra em Santa Catarina ou porque aqui é mais barato", supôs.

Cristina Esteche

Jornalista

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