O lava-pés é um rito religioso conhecido por diversas denominações cristãs. Baseado no relato bíblico de João 13:1-17, o trecho menciona o ocorrido durante a Última Ceia. A cerimônia organizada na quinta da Semana Santa. Quando se abaixou aos pés dos discípulos e os lavou, Jesus mostrou que se fez servo. Conforme o Papa Francisco, isso mostra que nos também devemos abdicar e “lavar os pés uns dos outros”.
De acordo com o Centro Loyola, até Jesus, os convidados para a refeição eram servidos e saiam satisfeitos. “A partir de Jesus, os convidados para a refeição servem-se uns aos outros e saem da refeição para servir outros. O dom recebido é partilhado entre os seus, mas isso não basta, ele precisa ser colocado à disposição de todos, a começar pelos menos favorecidos economicamente. O dom é, ao mesmo tempo, graça e missão. A força que ele traz é para conduzir à vida em abundância”.
O gesto de Jesus nos convida a deslocar-nos, ou seja, ocupar o lugar da pessoa que não participa da mesa. Quê novidade percebemos a partir deste lugar? ‘Estar à mesa’ é sempre sinal de fraternidade, de comunhão, mas é necessário saber levantar-se na hora certa para poder servir com amor.
Para Arthur Rocha, arcebispo secretário da congregação do culto divino e da disciplina dos sacramentos, o lava-pés não é obrigatório na Missa in cena Domini. Por fim, os padres devem avaliar a conveniência, segundo as circunstâncias e razões pastorais, de modo a que não se torne quase automático ou artificial, privado de significado e reduzido a um elemento cénico.
Por outro lado, não pode tornar-se tão importante que centralize toda a atenção da Missa da Ceia do Senhor, celebrada no ‘dia santíssimo em que Nosso Senhor Jesus Cristo Se entregou por nós’. Nas indicações para a homilia, recorda-se a peculiaridade desta Missa, comemorativa da instituição da Eucaristia, do sacramento da Ordem e do mandamento novo do amor fraterno.
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