O sistema carcerário de Guarapuava voltou a pautar reuniões entre o Secretário de Segurança Pública do Estado, Rômulo Marinho, e forças políticas regionais. Desta vez, o deputado estadual Artagão Junior e o prefeito de Guarapuava, Celso Góes, voltaram a debater a necessidade da remoção dos presos recolhidos na Cadeia Pública de Guarapuava, um caos a céu aberto no Centro da cidade. Eles estiveram reunidos nessa segunda (19) no gabinete do secretário.
Há quase um mês, o Departamento Penitenciário do Paraná determinou a remoção de 140 presos do cadeião para outras unidades do sistema carcerário do município no intuito de desafogar o local. A decisão causou mau estar entre o Depen e o Sindicato dos Policiais Penais (Sindarspen), que discordou da movimentação.
De acordo com a chefia, atualmente a cadeia conta com 440 presos. Além disso, não há informação sobre quantos presos já tem condenação definida. Aproximadamente 70 detentos foram removidos para Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e para a Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG-UP). Porém, houve muitas prisões após o início das transferências. Somente no dia 15 de abril, PM prendeu 25 pessoas em uma única ocorrência. O cadeião de Guarapuava chegou a 501 presos em fevereiro deste ano. Sendo que o projeto inicial era pra abrigar 166.
Além disso, outro fato que marcou os primeiros meses de 2021 no cadeião foi uma greve dos detentos. Após 23 dias, a greve teve fim, no dia 11 de março. Sete dias depois nove presos fugiram da unidade por um túnel.
REUNIÃO
Por fim, ainda durante o encontro Artagão e Celso Góes também reforçaram a demanda da construção da delegacia cidadã em Guarapuava. Conforme a expectativa, a obra deve resolver de forma definitiva a questão dos presos. Isso porque o projeto não prevê carceragem e nenhum tipo de acomodação de detentos. Desta forma, os presos irão para unidades prisionais existentes nas mais variadas Regiões do Estado.
Além disso, o secretário deu sinal verde ao projeto da delegacia cidadã, cujo orçamento gira em torno de R$ 7 milhões. Por fim, o deputado reiterou que após a sinalização positiva do secretário cabe ao prefeito a missão de resolver a questão da doação do terreno que o município precisa fazer ao Estado. “Desta forma, o projeto poderá ser implantado no terreno e o recurso poderá ser viabilizado. Saímos confiantes, pois o secretário nos deu a garantia que a obra vai sair”.
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