O depoimento do delegado Bruno Maciozek ao Ministério Público demorou mais de 1h30. Depois disso, a defesa pediu intervalo. Após uma hora, no retorno da sessão, o depoimento do delegado continuou. A defesa questionou sobre a carreira profissional de Bruno. Ele é a primeira testemunha ouvida neste primeiro dia de júri. Ao todo, 17 pessoas devem ser ouvidas.
Assim, a defesa fala sobre o boletim do Centro de Operação da Polícia Militar (Copom). Nestes documentos, há relatos de uma ocorrência em que pessoas chamavam atendimento para uma situação de suicídio. Bruno alegou não ter conhecimento, pois não pertence à corporação e reiterou que assumiu o caso no dia seguinte ao crime. O responsável pelo plantão era o delegado Wellington Daikubara.
Outro questionamento da defesa foi sobre a prisão em flagrante de Luis Felipe. Desta maneira, o advogado afirma que às 6h45 do dia que foi preso, Manvailer já era considerado suspeito de homicídio. Assim, questionou o delegado se havia elementos suficientes para caracterizar a suspeita. Maciozek afirmou que acredita que sim. Além disso, Bruno disse que não teve acesso a alguns documentos quando iniciou a investigação e que não conversou com o perito que fotografou o local de morte.
Ainda de acordo com o relato de Bruno, não houve determinação de isolamento do apartamento nem apreensão de objetos logo que ele assumiu o caso. Desse modo, ele explicou que não poderia tomar esta medida pois não tinha conhecimento sobre o que tinha no local. Porém, determinou as ações depois que recebeu informações dos investigadores.
Sobre o a afirmação de que Tatiane sofria de depressão, a testemunha disse que não ouviu pessoas do escritório onde ela trabalhava. Porém, afirmou fez oitivas de pessoas mais próximas à ela. E considerou que não havia necessidade dado o curto prazo para finalizar o inquérito. Além disso, defesa do réu alguns registros de conversas evidenciavam proximidade de Tatiane com o pai.
Por fim, delegado reforçou que não ouviu médico que prescreveu medicamentos por falta de tempo.
LAUDO E PERÍCIA
A defesa exibiu ainda imagens do momento em que o perito do Instituto Médico Legal (IML) chega ao local do crime. Bruno afirma nunca ter visto antes tais registros. Depois disso, são exibidas fotos do corpo de Tatiane. Assim, a defesa pergunta se o corpo estaria no mesmo lugar. Bruno afirma que não dá para concluir pelo enquadramento da foto.
Neste momento, há intervenção da acusação. Contudo o juiz não acatou e pediu que o interrogatório continuasse.
Leia outras notícias no Portal RSN.