22/08/2023


Guarapuava Segurança

Rodolpho diz que após acampamento deixou de beber e se drogar

Rodolpho Scherner está respondendo por homicídio com dolo eventual, omissão de socorro e por ter fugido após atropelar dona Filomena

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Rodolpho Scherner está respondendo por homicídio com dolo eventual, omissão de socorro e por ter fugido após atropelar dona Filomena (Foto: RSN)

Em depoimento, Rodolpho Scherner negou durante o julgamento que ocorre nesta terça (18), que tenha consumido bebida alcoólica antes de atropelar fatalmente dona Filomena Schepanski. Pesa sobre ele também a tentativa de homicídio contra dona Ivete Bilek. Ele prestou depoimento no fim da manhã, perante o Conselho de Sentença. Seis homens e uma mulher compõem o Corpo de Jurados.

Em alguns momentos do interrogatório, Rodolpho se emocionou. Nervoso, ele tomava muita água. “Está muito difícil pra mim relembrar tudo isso. Eu não quis matar ninguém. Foi uma fatalidade”. Ele também, por duas vezes, pediu perdão aos familiares das vítimas e também aos jurados. Ele está indiciado por dolo eventual, omissão de socorro e fuga do local do fato.

Conforme o réu, após ter participado de três acampamentos católicos ele deixou de beber e de ingerir drogas. Assim, ele diz que na noite da “fatalidade” ele tomou somente energético e que não pediu droga para ninguém. Entretanto, admitiu que pagou combo de uísque Black Label a três amigos. “Era aniversário do Rafael e eu também não queria ficar sozinho. Por isso, paguei as bebidas”.

Rodolpho confirmou também a versão de que encontrou os “piá” em frente ao Box Lounge na noite de 12 de janeiro de 2020. Disse também que foi consenso saírem atrás de quatro meninas. “Fomos até a boate Chacrinha. O portão estava entreaberto, conversei com o porteiro e como ele disse que as meninas tinham ido pra MUV fomos atrás”.

“ELA ME PERGUNTOU SE TINHA MORRIDO”

De acordo com Rodolpho, eles encontraram três meninas e duas delas foram até a casa da mãe dele. Lá, ficaram por mais de uma hora e em seguida ele e Cauê foram levá-las para casa. “Fica lá avenida Cascavel no Jardim das Américas”. No retorno houve o atropelamento. O laudo da perícia disse que ele dirigia a 101 km/h. Todavia, ele nega que encontrava-se em alta velocidade.

Eu estava entre 60, 70, 80, 90 km/h. Quando vi não consegui contornar a rótula e ia bater num posto. Então acelerei e tirei o carro para o outro lado, mas aí perdi o controle do carro e atingi a dona Filomena.

Ele disse que não sabia ter atingido outra vítima. Em seguida o réu diz que não fugiu, mas que desceu e se ajoelhou ao lado da vítima. “Ela me perguntou se tinha morrido. E eu, não tia a senhora não vai morrer. O resgate já está vindo”. Conforme o depoente, ele pediu ao Cauê para que chamasse o Samu e o Corpo de Bombeiros.

Conforme Rodolpho, ele só saiu do lugar quando começou a aglomeração de pessoas.

Uma delas me chamou pelo nome e disse que ia ver o que o filha dela faria comigo. Fiquei com medo de ser linchado e fui embora, mas não saí correndo. Liguei pro advogado e no dia seguinte quando soube pela imprensa da minha preventiva, eu me entreguei.

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Cristina Esteche

Jornalista

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