22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Saúde

Setor de traumatologia e ortopedia do HST é fechado nesta sexta (21)

A falta de pagamento dos salários há um ano, dos 6 médicos que atuam no setor, motivou o fechamento. A ala era referência para a 5ª Regional

hospital santa tereza

Profissionais da ala estão há um ano sem receber salários (Foto: Divulgação)

Há mais de um ano começava a pandemia no Brasil. O perigo eminente de colapso na saúde foi ignorado por grande parte da população. Desde a semana passada, Guarapuava enfrenta o colapso na saúde, com pessoas intubadas na Upa do Batel. Além disso, há o esgotamento de leitos de UTI e de profissionais, como alertou nessa quinta (20), o diretor clínico do Hospital São Vicente, Eduardo Borges.

E agora a situação fica ainda pior, com o anúncio feito hoje (21), do fechamento da ala de Traumatologia e Ortopedia do Instituto Virmond (Hospital Santa Tereza). De acordo com as informações, os seis médicos que compunham a equipe do setor no hospital, anunciaram que estão deixando o departamento. A situação motivou o fechamento da ala.

A unidade hospitalar é referência de atendimento na área para os 20 municípios que integram a 5ª Regional de Saúde do Paraná, que tem sede em Guarapuava. Somente neste período de pandemia, entretanto, houve 5,5 mil consultas na ala de Traumatologia e Ortopedia. Dessa maneira, o fechamento deve prejudicar outras unidades de Saúde já sobrecarregadas por atendimentos à covid-19.

Conforme as informações repassadas ao Portal RSN por um dos especialistas, a retirada dos médicos se dá após o aviso prévio de 30 dias dado para a direção do hospital, responsável pelos pagamentos. Assim, os profissionais estão há um ano sem receber os salários.

Hoje se acontecer uma emergência, como uma fratura exposta, o paciente terá encaminhamento ao Hospital São Vicente de Paulo, que segue absurdamente sobrecarregado pela covid-19 ou para outras cidades da Região.

DEBILIDADE

Os médicos do Hospital São Vicente de Paulo se viram obrigados a controlar a entrada de pacientes por conta da superlotação. Desse modo, desde a porta de entrada, as enfermeiras “se desculpavam” pela falta de capacidade de atendimento no hospital. A orientação dada aos pacientes era de que retornassem à unidade apenas em caso de agravamento considerável dos sintomas.

Além disso, as Unidades de Pronto Atendimento (Upa) também sofrem com o excesso de demanda. Estes locais estão superlotados e várias pessoas aguardam na fila por vagas de internamento. Ainda nessa quinta (20), a Upa Trianon, que passou por obras de melhoria, reabriu as portas. Por fim, o atendimento segue destinado apenas à casos de urgência e emergência não relacionadas com covid-19.

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Cristina Esteche

Jornalista

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