Uma denúncia, da Comissão Especial da Assembleia Legislativa, que apura fraudes na vacinação contra a covid-19 no Estado, foi protocolada nessa sexta (21). Conforme a assessoria da Alep, pessoas mortas estariam sendo vacinadas em Umuarama.
Desse modo, as informações colhidas pela Comissão foram entregues ao prefeito Celso Pozzobom durante diligência na Prefeitura Municipal ontem (21). E ainda levadas ao Ministério Público do Paraná, órgão que coordenou na cidade no último dia 5 de maio a Operação Metástase.
Além disso, a ação policial prendeu sete pessoas e cumpriu 62 mandatos de busca e apreensão a partir de investigações de desvios de recursos da saúde e de doses de vacina contra a covid-19 para uso de autoridades vinculadas ao município e seus familiares. Os valores desviados podem chegar a R$ 19 milhões.
O deputado Fernando Francischini, presidente da Comissão afirmou que estes se tratam de dois casos graves em apuração, em que houve solicitação de informações ao prefeito.
São dois mortos que tomaram vacina em Umuarama. Pessoas que já morreram há alguns anos e que o CPF foi utilizado para imunização. O prefeito está colaborando com as nossas investigações. E ainda fazendo uma apuração interna para identificar como foram feitas essas vacinações, evitando que novas irregularidades aconteçam.
Desse modo, além de compartilhar a denúncia dos mortos vacinados, no Ministério Público a CEI também colheu informações que correm em segredo de Justiça sobre os fatos graves que ocorreram na área da saúde na cidade. “Neste momento o mais importante é dar transparência aos fatos. A população quer saber quem furou fila, quem roubou dinheiro da saúde em prejuízo de toda a sociedade. É um momento em que todos nós estamos passando por uma fase muito difícil, vendo a morte de familiares e amigos. Precisamos dar agilidade às investigações”.
Além disso, Francischini disse que a conjugação de esforços neste processo é fundamental.
Nós temos o apoio e o respaldo do Ministério Público, da Polícia Civil do Paraná. Esta Comissão tem buscado construir alternativas para que no final os trabalhos não fiquem só na investigação, mas resultem em um projeto de lei que ajude a fechar a torneira das fraudes. Aprendendo como pessoas de má-fé fraudaram a fila, nós poderemos fazer uma lei eficaz, mostrando como se confere a documentação, quais são as prioridades da vacinação. Queremos que as pessoas voltem a sentir credibilidade neste processo e saibam que a sua vez vai chegar na hora certa.
Por fim, a oitiva fez parte da diligência da CEI ocorreu em Umuarama com a presença dos também dos deputados Delegado Jacovós e Delegado Fernando Martins.
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