Números e depoimentos é o que não faltam para mostrar que o cenário da covid-19 é catastrófico. De acordo com a apresentação feita pelo comitê que elabora a Matriz de Monitoramento em Guarapuava, os números mostram a fragilidade do sistema público de saúde. Isso porque, o avanço da doença encontra-se desenfreado.
A reunião virtual contou com a participação de vários segmentos comerciais, sindicatos patronais e de empregados. O presidente da Associação dos Prefeitos do Centro (Amocentro), Mailcol Callegari Barbosa também participou.
Para nortear as medidas restritivas, o município vai adotar o sistema de embandeiramento. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jonilson Pires, a determinação será por cores. Assim, esse sistema vai permitir informações de como está a capacidade de resposta do sistema de saúde. Além de balizar as medidas necessárias para contenção da pandemia.
Conforme o secretário, dois componentes apontam o que se deve ser feito. Um deles são os dados epidemiológicos. Ou seja, números de casos, de mortes, de casos ativos, entre outros fatores. O segundo, é a capacidade de atendimento por parte da rede de saúde, principalmente, de leitos de UTI. O monitoramento das variáveis será diário.
Entretanto, o novo decreto somente será divulgado na noite dessa segunda (31) quando expira as medidas vigentes.
CENÁRIO DRAMÁTICO
Conforme o consultor em Saúde, Renê dos Santos, necessário analisar o cenário nacional. De acordo com o consultor, o Brasil entrará na terceira onda. “Vamos entrar em patamares altos nos números de casos e de mortes”. Por conta dessa previsibilidade, segundo Renê, estados e municípios começaram a pensar em medidas mais restritivas nas próximas semanas. “E já temos casos de contágio da cepa indiana no Brasil”.
Entretanto, segundo Renê, a atenção se volta para o Paraná que se apresenta como um dos estados com maior taxa de ocupação de leitos pela covid-19. Assim como de transmissão.
E para agravar ainda mais a situação, o inverno rigoroso traz condições de síndrome respiratória aguda. Assim sendo, os leitos de UTI se dividem entre casos de covid-19 e outros.
FALTAM PROFISSIONAIS
Durante a reunião o prefeito Celso Góes conversou com o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto. “Temos feito todos os esforços em busca de mais leitos. Mas não existem mais profissionais. O sistema de saúde está colapsado no Paraná inteiro”.
Para se ter uma ideia, o prefeito comunicou a contaminação de quatro médicos da linha de frente da Saúde., todos vacinados com duas doses. “Todos com sintomas. E recebemos a triste informação de que mais um paciente morreu numa das Upas”.
Leia outras notícias no Portal RSN.