22/08/2023
Saúde

Secretário diz que Paraná viveu uma crise de gestão na saúde

imagem-23385

Logo após a inauguração da nova ala da maternidade do Hospital São Vicente de Paulo, o secretário da Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, concedeu entrevista coletiva a imprensa falando sobre investimentos e a situação da saúde no Paraná.

Para ele aconteceu uma verdadeira “crise de gestão” com diversos recursos aplicados em projetos, obras e equipamentos que estão sem uso. Falou de programas do governo passado que estão com equipamentos parados por falta de pessoal qualificado para operar, da falta de informatização e de controle de gastos. O governo passado deixou uma dívida de R$ 60 milhões e quase R$ 100 milhões em recursos empenhados que não foram pagos. Informou também que nesta quinta foram pagos R$ 8,9 milhões desta dívida.

Para o secretário do Desenvolvimento Urbano do Paraná e Superintendente do Paranacidade, Cezar Silvestri, presente na coletiva, os investimentos em saúde e em outras áreas neste momento têm um obstáculo de ordem técnica, trata-se de organizar o orçamento do estado, em seguida existe interesse e a determinação do próprio Governador Beto Richa para a realização de parcerias entre as secretarias para realização de projetos.

Sobre o fechamento do Hospital Estrela de Belém, Caputo Neto falou que o governo dobrou os recursos destinados a hospitais em Guarapuava, antes o Hospital Estrela de Belém recebia R$ 70 mil todos os meses, mantinha 90 leitos para o SUS, mas efetivamente utilizava 40. Agora o governo destina R$ 140 mil por mês, R$ 60 mil para o Hospital Santa Tereza e R$ 80 mil para o Hospital São Vicente de Paulo.

Questionado sobre a necessidade de construção de um hospital regional em Guarapuava, disse que agora é necessário união para um planejamento conjunto, ampliando as parcerias já existentes elegendo também as prioridades de cada região, como é a reivindicação de um centro avançado de oncologia para Guarapuava.

O deputado estadual Cesar Silvestri Filho (PPS), durante a coletiva, concordou que são necessárias medidas mais urgentes como o centro de oncologia, uma obra de um novo hospital poderia demorar até 5 anos.

Caputo Neto ainda falou que existe um planejamento de investimentos sólidos por parte do governo estadual em Urgência e Emergência com leitos de UTI e a criação para o segundo semestre do programa chamado “Mãe Paranaense”, com atuação na área materno infantil. Outro programa informado por ele é o Hosp-SUS, que será criado entre março e abril, com o objetivo de concentrar recursos de investimentos e de custeio para hospitais considerados social e sanitariamente necessários.

Após a coletiva o secretário reafirmou o compromisso do governador Beto Richa de investir, a partir de 2012, 12% do orçamento do Estado em saúde, cumprindo o que determina a Emenda Constitucional 29, ainda não regulamentada.

Também falou sobre o Sistema de Assistência a Saúde – SAS, que segundo ele sofreu 8 anos de sucateamento e agora é necessário reestruturar totalmente o serviço, refazer convênios e reajustar valores que estão muito defasados. Segundo ele é necessário dar um serviço de qualidade ao servidor público e que em conjunto com o Dr. José Fernando Macedo, Superintendente do Departamento de Assistência à Saúde do Servidor, estão sendo realizados estudos com o objetivo de readequar o serviço o mais breve possível.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.